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Prémio de risco da dívida portuguesa renova máximos

As taxas de juro da dívida nacional estão a recuar, mas bastante menos do que as dos restantes países do euro. O risco das obrigações do Tesouro está em máximos de Julho.

1 de Abril de 2011-  Fitch corta 'rating' de Portugal em três níveis para próximo de 'lixo', de 'A-' para 'BBB-'. Quatro dias depois a Moody’s reduz a notação financeira do país para Baa1 e admite voltar a cortar.
10 de Novembro de 2015 às 12:48
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Depois da escalada das taxas na primeira sessão da semana, os juros da dívida portuguesa estão a aliviar. Mas o prémio de risco não. O diferencial entre as taxas exigidas pelos investidores para comprarem títulos nacionais face às obrigações alemãs continua a aumentar. Está a renovar máximos, evolução que está associada à actual situação política nacional. E o mesmo se verifica nos "seguros" da dívida de Portugal.

A taxa da dívida pública a 10 anos está a recuar apenas 0,6 pontos base para 2,825%. Alivia dos 2,913% alcançado na primeira sessão desta semana, acompanhando a tendência que impera um pouco por toda a Europa, numa altura em que os investidores estão confiantes na implementação de mais medidas de estímulo à economia por parte do Banco Central Europeu (BCE). Os juros de Espanha e de Itália caem 7,4 pontos e 5,6 pontos, respectivamente.

Há um alívio nos juros, mas este é mais expressivo no caso da dívida alemã. De acordo com os dados da Bloomberg, a taxa a 10 anos das "bunds" está a cair três pontos para 0,632%. Ou seja, cai mais. E isto está a fazer agravar o diferencial entre os juros das duas economias, traduzindo uma deterioração da perspectiva dos investidores em relação aos títulos de dívida nacional numa altura em que há receios quanto às medidas a implementar por um Governo à esquerda. O diferencial está a subir 22,4 pontos para 219,6 pontos base, um máximo de Julho.

Mas além do agravamento do "spread" da dívida nacional face às "bunds", há outro indicador que mostra o nível de tensão no mercado perante as obrigações do Tesouro. Os "Credit Default Swaps (CDS)", que funcionam como um seguro de protecção contra o incumprimento do emitente da dívida, neste caso Portugal, estão mais caros. Dispararam no arranque da semana 11,43% para 185,21 dólares. E sobem 2,1% para 189,1 dólares, o nível mais elevado desde Julho.
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