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Juros portugueses aliviam de máximos de Julho

As taxas de juro associadas à dívida nacional estão a descer e a aliviar das subidas acentuadas registadas ontem. Isto num dia em que será votada uma moção de rejeição ao programa do Governo que ditará a queda do Executivo liderado por Pedro Passos Coelho.

10 de Novembro de 2015 às 09:03
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A taxa de juro implícita nas obrigações portuguesas a 10 anos está a descer 5,9 pontos base para 2,771%, depois de ontem ter chegado a negociar acima dos 2,9%, o que corresponde ao valor mais elevado desde Julho.

A subida de juros em Portugal está associada à situação política em Portugal, depois de os partidos de esquerda terem fechado acordos que permitirão ao PS governar com o apoio parlamentar do Bloco de Esquerda e do PCP, caso o Presidente da República indigite António Costa como primeiro-ministro. Há casas de investimento que admitem que algumas medidas incluídas no programa do PS, que contará com o apoio parlamentar dos restantes partidos de esquerda, podem ser mal recebidas pelos investidores.

Esta terça-feira, 10 de Novembro, é mesmo votada, pelo menos, uma moção de rejeição ao programa do Governo liderado por Passos Coelho, sendo certo que os partidos de esquerda, que têm em conjunto maioria absoluta no Parlamento, vão votar favoravelmente a esta moção, o que fará cair o Executivo.

A queda de juros verificada esta terça-feira em Portugal reflecte assim algum alívio depois da pressão de ontem e acompanha a tendência que impera um pouco por toda a Europa, numa altura em que os investidores estão confiantes na implementação de mais medidas de estímulo à economia por parte do Banco Central Europeu (BCE).

Os juros estão assim a descer em todos os mercados europeus, com os países periféricos a descerem cerca de 3,0 pontos base nos prazos a 10 anos.

A taxa de juro alemã está também a descer, mas apenas 0,4 pontos para 0,657%, reduzindo para 211 pontos o prémio de risco que os investidores estão a exigir para comprar dívida portuguesa em vez da alemã.
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