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Bolsa nacional cai menos de 0,5% penalizada pelo retalho e BCP

Depois das fortes quedas da véspera, a bolsa de Lisboa encerrou pela quarta sessão consecutiva em terreno negativo, penalizada sobretudo pelos títulos do sector do retalho e do BCP. No resto da Europa, não se verifica uma tendência definida.

Bloomberg
10 de Novembro de 2015 às 16:47
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A bolsa de Lisboa encerrou em queda pela quarta sessão consecutiva. O PSI-20 desvalorizou 0,33% para os 5.255,96 pontos, com 11 empresas em queda, seis em alta e uma inalterada. Esta terça-feira, o programa do Governo esteve a ser debatido na Assembleia da República e, durante a manhã, os partidos de esquerda apresentaram no Parlamento moções de rejeição ao Governo que, entretanto, vão ser votadas. A incerteza política tem marcado os últimos dias na bolsa de Lisboa, justificando a queda superior a 4% na sessão de segunda-feira. A banca tem sido um dos sectores mais penalizados nos últimos dias.

No resto da Europa, não se verifica uma tendência definida. Lisboa, Londres e Atenas estão do lado das perdas. O principal índice grego lidera as desvalorizações, ao recuar 1,32%, seguido do PSI-20. O Footsie desliza 0,30%. As restantes praças registam valorizações ligeiras. O Stoxx 600, índice de referência, soma 0,11%. 

Este comportamento tem lugar numa altura em que as empresas ligadas às matérias-primas estão a recuar devido à existência de sinais de um abrandamento económico da China. De acordo com o vice-ministro das Finanças chinês, Zhu Guangyao, a China poderá cumprir a meta para o crescimento económico prevista pelo Governo, de "cerca de 7%", disse esta terça-feira, assegurando que até 2020 o país crescerá 6,5% ao ano. "Temos a confiança e a capacidade para melhorar a qualidade e eficiência da nossa economia, e ao mesmo tempo cumprir com o objectivo para este ano", disse Zhu. O responsável chinês reconheceu que a economia do "gigante" asiático enfrenta desafios, como problemas de "capacidade excessiva de produção", salvaguardando que o Governo vai trabalhar na transição para um modelo "mais equilibrado, inclusivo e sustentável".

Além disso, os investidores continuam a tentar perceber quando é que a Reserva Federal dos Estados Unidos vai subir as taxas de juro.

Na bolsa de Lisboa, destaque para os títulos do sector do retalho e do BCP. A Jerónimo Martins, dona dos supermercados Pingo Doce, encerrou a perder 0,93% para 12,84 euros. A Sonae desvalorizou 2,18% para 1,034 euros.

Na banca, o BCP encerrou a perder 1,89% para 4,68 cêntimos. O Banif desvalorizou 8% para 0,23 cêntimos. O BPI, por outro lado, fechou a subir 1,96% para 1,042 euros.

Na energia, a EDP encerrou inalterada nos 3,25 euros. Numa nota de análise a que o Negócios teve acesso, o BPI defende que o programa do PS "parece trazer de volta alguns riscos" para a EDP. A EDP Renováveis deslizou 0,67% para 6,259 euros.

A Galp Energia fechou a ceder 0,04% para 9,923 euros, isto depois de ter anunciado, ontem, que aumentou para 99,93% a sua posição na Setgás, que opera a rede de distribuição de gás natural em média e baixa pressão na região de Setúbal. A REN somou 0,23% para 2,619 euros.

A Nos cedeu 0,11% para 7,129 euros. A Pharol, antiga PT SGPS, encerrou a somar 3,57% para 37,7 cêntimos.

No sector do papel, a Altri subiu 1,15% para 5,017 euros, ainda assim, durante a sessão a empresa tocou nos 5,11 euros – o valor mais elevado de sempre.

A Semapa deslizou 0,44% para 12,465 euros. A Portucel somou 1,67% para 3,777 euros.

A Impresa, que encerrou a crescer 0,17% para os 58 cêntimos, chegou a tocar hoje nos 54 cêntimos – o valor mais baixo desde Abril de 2013.


(Notícia actualizada às 16:59 com cotações)

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