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Fecho dos mercados: Bolsas em alta, juros em queda. Euro em mínimos

As bolsas europeias valorizaram. A praça portuguesa contrariou a tendência, num dia em que a expectativa em torno de novas medidas do BCE levou os juros da dívida soberana a caírem na Zona Euro. No mesmo sentido, o euro afundou para mínimos de seis meses, mas o petróleo subiu.

Miguel Baltazar
10 de Novembro de 2015 às 17:28
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Os mercados em números

PSI-20 caiu 0,33% para 5.255,96 pontos
Stoxx 600 subiu 0,1% para 376,27 pontos
S&P 500 desvaloriza 0,12% para 2.076,11 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal recua 5,7 pontos base para 2,774%
Euro perde 0,64% para 1,0683 dólares
Petróleo sobe 1,48% para 44,49 dólares por barril

Bolsas europeias sobem. PSI-20 contraria tendência

O Stoxx 600 subiu 0,1%, sendo que a generalidade dos índices de referência dos mercados europeus terminou a sessão com sinal positivo. Subidas ligeiras, com os investidores atentos, por um lado, aos sinais de abrandamento da China, mas por outro à força demonstrada pela economia dos EUA, onde a Fed poderá subir os juros em Dezembro.

Lisboa acabou por contrariar a tendência. O PSI-20 chegou a perder mais de 2%, prolongando a tendência da sessão anterior, ainda pressionada pela tensão política. Acabou por aligeirar a queda, fechando com uma descida de 0,33% para 5.255,96 pontos. A banca esteve no melhor e no pior: enquanto o BPI somou 1,96%, o BCP caiu 1,89%. Mas para ditar o saldo negativo do índice contribuíram também a Jerónimo Martins e a Sonae, bem como o sector da energia. A EDP ficou inalterada, já a EDP Renováveis cedeu 0,67% e a Galp perdeu 0,04%.

Juros da dívida recuam à espera do BCE

Os juros da dívida dos países do euro recuaram. Quedas patrocinadas pelas declarações de Erkki Liikanen, governador do Banco da Finlândia, que afirmou que o BCE irá utilizar todos os instrumentos à sua disposição para puxar pela economia da Zona Euro. A expectativa em torno de novos estímulos por parte da autoridade monetária liderada por Mario Draghi levou as taxas a 10 anos de Espanha e Itália a caírem 9 e 5,8 pontos base, respectivamente.

Em Portugal, depois da forte escalada na primeira sessão da semana com receios dos investidores quanto a um Governo à esquerda, os juros acabaram por seguir a tendência dos pares do euro. A taxa a 10 anos cedeu 5,7 pontos para 2,774%. Na Alemanha, a "yield" das "bunds" encolheu em 4 pontos para 0,621%, diminuindo o "spread" em 1,5 pontos. Ainda assim, o prémio de risco mantém-se acima dos 200 pontos, nos 215,4 pontos base.

Euribor renovam mínimos. Taxas negativas até seis meses

As Euribor voltaram a afundar. Tocaram mínimos de sempre, com as taxas a três e a seis meses a descerem para valores negativos. A Euribor a três meses, principal referência para os empréstimos às empresas, caiu 0,004 pontos para -0,077%, já a taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, desceu 0,005 pontos para -0,004%, voltando a "terreno" negativo. Também a taxa a 12 meses recuou, atingindo o nível mais baixo de sempre, nos 0,091%.

Mais estímulos põem euro em mínimos

A moeda única europeia voltou a perder valor. O euro caiu para o nível mais baixo em seis meses, chegando a 1,0675 dólares, depois de Erkki Liikanen, governador do Banco da Finlândia, ter reiterado que o BCE irá utilizar todos os instrumentos à sua disposição para puxar pela economia da Zona Euro. A expectativa de mais estímulos num contexto de subida de juros por parte da Fed levou o euro a recuar 0,64% para 1,0683 dólares.

Petróleo acelera, após novas quedas

O petróleo voltou aos ganhos, após as quedas registadas nas últimas sessões. Avançava 1,48% para 44,49 dólares em Nova Iorque, seguindo a ganhar 0,53% para 47,44 dólares em Londres, isto no dia em que a Agência Internacional de Energia, no "World Energy Outlook", estimou que os preços do crude vão atingir os 80 dólares por barril em 2020.

Ouro renova mínimo de três meses

Enquanto o petróleo avança, o ouro continua a perder valor. Depois da ligeira subida na primeira sessão da semana, o metal caiu 0,34% para 1.088,58 dólares por onça, renovando um mínimo de três meses, perante a perspectiva de uma subida da taxa de juro por parte da Fed já em Dezembro. Essa expectativa tem levado à alta do dólar, o que tem contribuído para um afastamento dos investidores deste metal precioso.

Destaques do dia

Partidos de esquerda entregam moções de rejeição ao Governo de Passos - O PS foi o primeiro partido a entregar ao presidente da Assembleia da República os textos das moções de rejeição que vão ser votadas esta tarde no Parlamento, garantindo assim que será o primeiro documento a ser votado.

Maria Luís Albuquerque: "Os desvios serão pagos por nós, pelos nossos impostos" - A ministra das Finanças garantiu esta terça-feira que as contas públicas estão em ordem e que nenhum governo deverá ter receio de "surpresas" nem "desculpas para o seu próprio fracasso". E alertou para os perigos de sair da austeridade antes do tempo.

PS aceita grupo de estudo sobre "sustentabilidade da dívida" - O texto conjunto que estabelece as matérias que poderão ser alvo de um futuro acordo entre o Bloco de Esquerda e o PS destinado a garantir a sustentação de um governo socialista inclui a criação de cinco grupos de trabalho. Um deles é sobre a sustentabilidade da dívida externa e contará com a presença do ministro das Finanças.

Prémio de risco da dívida portuguesa renova máximos - As taxas de juro da dívida nacional estão a recuar, mas bastante menos do que as dos restantes países do euro. O risco das obrigações do Tesouro está em máximos de Julho.

BPI: Programa do PS "parece trazer de volta alguns riscos" para a EDP - O programa do PS não é suficientemente claro para retirar conclusões quanto ao impacto para o sector da energia, diz o BPI. Mas o banco acredita que há riscos sobretudo para a incumbente, a EDP.

Bancos emprestam mais dinheiro às famílias e às empresas - As instituições financeiras emprestaram 3.337 milhões de euros às famílias e às empresas, em Setembro. Mais 22% do que um mês antes, revelam os dados do Banco de Portugal. Ao mesmo tempo, o malparado das famílias e empresas recuou em Setembro.

China deverá cumprir meta de crescimento de 7% para este ano - A China poderá cumprir a meta para o crescimento económico prevista pelo Governo, de "cerca de 7%", disse esta terça-feira o vice-ministro das Finanças chinês, Zhu Guangyao, assegurando que até 2020 o país crescerá 6,5% ao ano.

Agência Internacional de Energia: Petróleo chegará aos 80 dólares em 2020 - A Agência Internacional de Energia estima que os preços do petróleo vão atingir os 80 dólares por barril em 2020. Este é o cenário principal presente no "World Energy Outlook", revelado esta terça-feira.

Bruxelas quer atrasar revisão da regulação dos mercados - Prevista para Janeiro de 2017, tudo indica que a Mifid II afinal só entrará em vigor em 2018. Em causa está uma revisão profunda à regulação dos mercados financeiros da união económica europeia.

O que vai acontecer amanhã

Conferência com Mario Draghi – As conferências no âmbito do Fórum Aberto, organizado pelo Banco de Inglaterra, contarão com a presença de Mark Carney, mas também Mario Draghi, presidente do BCE.

Resultados do Banif – Depois de serem conhecidos os números dos restantes bancos, é a vez de a instituição liderada por Jorge Tomé revelar aos investidores os resultados referentes ao terceiro trimestre.

Inflação em Portugal – O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai revelar o índice de preços no consumidor, relativo a Outubro. No mês anterior, a taxa de inflação registou um aumento homólogo de 0,9%.
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