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Pestana abre segundo hotel em Nova Iorque
Novo empreendimento ficará na mesma rua do hotel com Cristiano Ronaldo mas do lado Este, "mais tranquilo". Serão mais 96 quartos em plena Manhattan.
O grupo Pestana prepara-se para abrir o seu segundo hotel em Manhattan, Nova Iorque.
A confirmação foi dada esta terça-feira, 6 de Dezembro, por José Roquette (na foto), responsável pela área de desenvolvimento internacional.
A cadeia hoteleira fundada por Dionísio Pestana elevará assim para quatro o número de unidades nos Estados Unidos da América.
O Pestana NY East contará com 96 quartos, num investimento de 25 milhões de dólares.
As obras arrancam em Janeiro de 2017 e a abertura está prevista para o Verão do ano seguinte, a par da outra unidade hoteleira - com assinatura do parceiro Cristiano Ronaldo - naquela cidade.
Com os dois hotéis de Manhattan, a futura unidade de Newark e o já existente hotel em Miami, o grupo eleva para 500 o número de quartos em território americano.
"Vem abrir as portas de um mercado com um potencial de crescimento tremendo", posicionou José Roquette num encontro com jornalistas.
O responsável descartou ainda que o futuro presidente norte-americano, Donald Trump, possa contribuir para um voltar atrás nesta estratégia do "sonho americano".
"Não vejo que a política económica do governo Trump possa vir a prejudicar os nossos investimentos nos Estados Unidos da América", acrescentou.
Expansão europeia
No plano de investimento de 200 milhões de euros até 2020, o grupo Pestana tem ainda como pilar a sua afirmação nas principais capitais europeias. O objectivo passa por abrir mais três a cinco unidades.
Uma delas ficará localizada em Inglaterra, mas não em Londres. José Roquette diz que ainda é cedo para perceber o que o Brexit [saída do Reino Unido da União Europeia] irá significar mas mostra-se confiante quanto ao fluxo desta nacionalidade de turistas para Portugal.
"Dizer que o Brexit não irá afectar seria uma inconsciência", alerta. Contudo, o responsável de desenvolvimento internacional do Pestana destaca a relação de fidelidade do mercado britânico com Portugal. "Não vai ser dramático para o turismo português", antevê.
O grupo hoteleiro prevê fechar o ano com lucros de 122 milhões de euros antes de pagos juros, impostos, depreciações, amortizações e custos de reestruturação (EBITDAR). Tal representará uma subida de 33% face ao ano anterior.
"Quem aguenta [a crise] é quem tem um balanço estável e faz o trabalho de casa", lembrou José Roquette. O grupo hoteleiro tem agora 11.302 quartos, mais 666 que no ano anterior.
Questionado sobre uma possível entrada na actividade do alojamento local, o responsável diz que o grupo chegou a ponderar essa hipótese em Lisboa, acabando por desistir. "Ainda há muito ruído e alguma confusão à volta desse tema. Isso não nos permite decisões de investimento", contou.
Uma das sugestões deixadas é a simplificação das regras aplicadas à hotelaria a partir do que já é aplicado no alojamento local.
(notícia actualizada às 12:26 com mais informação)