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TAP prevê transformar 150 mil escalas em estadas no próximo ano

O novo programa Portugal Stopover vai permitir escalas de 24 a 72 horas em Lisboa ou Porto para passageiros de longo curso da TAP. Além de não pagarem mais pela viagem, os turistas vão ter acesso a descontos e experiências.

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05 de Julho de 2016 às 21:35
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David Neeleman e Fernando Pinto chegaram de tuk tuk. O relógio marcava as 17:36 na Praça do Comércio, em Lisboa.

Já lá estavam figuras bem reconhecidas do sector do turismo, à sua espera: o sócio Humberto Pedrosa, a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, ou o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, por exemplo. E muitos hoteleiros.

Porquê? Para apresentar um novo programa que vai permitir aos passageiros de voos de longo curso da TAP fazerem uma escala de 24 a 72 horas em Lisboa ou Porto. Antes de seguirem para outro destino e sem terem de pagar mais por isso. No fundo, transformar escalas em estadas.

Portugal Stopover: assim se chama a iniciativa que conseguiu reunir em "tempo recorde" 150 entidades – como hotéis, restaurantes e empresas de animação turística – em torno de um objectivo comum: promover o sector.

Além da escala gratuita, existirão hotéis a preços exclusivos e experiências turísticas gratuitas. Tudo à distância de um site criado para o efeito. Os visitantes poderão ainda, quando estiverem no terreno, acompanhar a sua experiência lusitana por uma aplicação.

A TAP admite que tem os turistas norte-americanos como prioridade também nesta iniciativa. "É o momento certo para conquistar este mercado", afirmou o presidente Fernando Pinto.

Até porque se prevê que 27 milhões de norte-americanos visitem a Europa no próximo ano. "Uma grande fatia vai chegar às nossas terras", acredita o gestor.

"Se perguntarem nos Estados Unidos se conhecem Portugal, dizem que não. Mas querem conhecer. Antes, era muito difícil chegar aqui", contou o accionista da TAP, David Neeleman, à entrada. E lembrou o "bom acordo" conquistado com o Governo português após a renegociação da privatização.

O Portugal Stopover tem ainda o Brasil na mira, tendo em conta a meta de colocar o território nacional como um pólo aglutinador num "eixo atlântico" entre Europa, América e África. Em 2017 esperam-se 150 mil turistas adicionais devido a esta iniciativa. A partir do ano seguinte, o número deverá duplicar.

Fernando Pinto não quis revelar os valores de investimentos envolvidos mas falou no retorno: 150 milhões de euros para a economia nacional nos próximos três anos.

A capacidade de reunir mais de uma centena de parceiros numa fase inicial do projecto foi sendo destacada ao longo da apresentação do Portugal Spotover. "Se há erro que não podemos cometer é achar que, por tudo estar a correr bem, não devemos fazer nada", lembrou Fernando Medina. O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, sublinhou a vertente da inovação e completou a ideia: "Este é um exemplo da forma como queremos trabalhar o turismo".

Às 18:45, os parceiros foram chamados para assinar o manifesto em que assenta o projecto. Foram precisos cinco minutos para que o documento fosse lido na totalidade e assinado. Aí a TAP resumiu a cerimónia num ecrã: "trazemos o mundo para conhecer Portugal".



cotacao Se perguntarem nos Estados Unidos se conhecem Portugal, dizem que não. Mas querem conhecer. Antes, era muito difícil chegar aqui [a Portugal]. David neeleman Accionista da TAP



Foco no mercado norte-americano Depois de lançar duas novas rotas para os Estados Unidos da América – com Boston e o aeroporto JFK em Nova Iorque –, a TAP volta a virar o seu radar para o outro lado do Atlântico. "Queremos trazer para cá esses turistas, que eles permaneçam algum tempo em Portugal", admitiu Fernando Pinto à margem da apresentação do programa Portugal Stopover. Há outro factor a pesar neste foco: a parceria de "code share" assinada em Junho com a Jetblue, que abriu à TAP 34 novos destinos naquele território. A empresa já voava, antes destes passos, para Newark e Miami.
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