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Subida dos juros da dívida enerva Wall Street. Inflação centra atenções

Os principais índices bolsistas norte-americanos encerraram em terreno negativo, com exceção do Nasdaq, pressionados sobretudo pelas tecnológicas em novo dia de subida dos juros das obrigações do Tesouro.

Reuters
10 de Janeiro de 2022 às 21:13
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O índice industrial Dow Jones fechou a sessão desta segunda-feira a ceder 0,45% para 36.068,87 pontos. No passado dia 5 de janeiro tocou num nível nunca antes atingido, nos 36.952,65 pontos.

 

Já o Standard & Poor’s 500 recuou 0,14% para 4.670,29 pontos. Na negociação intradiária de 4 de janeiro atingiu o valor mais alto de sempre, nos 4.818,62 pontos.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite conseguiu recuperar fôlego na reta final da sessão e terminou com um ganho marginal de 0,05% para se fixar nos 14.942,83 pontos. No passado dia 22 de novembro, recorde-se, atingiu um máximo histórico nos 16.212,23 pontos.

 

A queda desta segunda-feira segue-se a uma semana negativa na abertura de 2022, depois de a Fed sinalizar que endurecerá mais depressa do que o previsto a sua política monetária de modo a conter a subida da inflação. Para o S&P 500, que recuou 1,9% no cômputo dos cinco dias, foi o pior arranque de ano desde 2016.

 

Com esta perspetiva, os juros da dívida soberana dos EUA têm estado a subir e hoje dispararam para 1,8080%, no vencimento a 10 anos, um nível que não era visto desde janeiro de 2020. Na semana passada aumentaram 25 pontos base, o maior aumento semanal desde finais de 2019.

 

Os investidores aguardam agora com expectativa pelos dados da inflação dos EUA relativos a dezembro, que serão divulgados no dia 12 de janeiro. As estimativas dos analistas auscultados pela Reuters são de que o IPC tenha disparado para máximos das últimas décadas, nos 5,4% (contra 4,9% em novembro).

 

Os sinais da Fed

 

Na quarta-feira passada, houve mais um sinal de que a Fed poderá agir de forma mais agressiva se a inflação permanecer elevada, o que contribuiu para a prudência adicional nos mercados.

 

Com efeito, as atas da última reunião da Reserva Federal norte-americana revelaram que os membros do banco central colocam a possibilidade de começar a subir os juros diretores mais cedo do que se esperava e de forma mais acelerada. O primeiro aumento poderá ser já em março.

 

Além disso, os membros da Fed mostraram-se favoráveis a reduzir o seu balanço mais cedo do que o previsto.

 

Este endurecimento da política monetária do banco central fez disparar os juros da dívida, o que tem penalizado essencialmente as cotadas de maior risco, desde as tecnológicas – que negoceiam em preços elevados – até às recém entradas em bolsa (que têm um registo limitado do seu desempenho).

 

Na sessão desta segunda-feira, as tecnológicas voltaram a ser castigadas em bolsa – depois de terem disparado nos últimos dois anos, muito graças às baixas taxas de juro –, com os investidores a preferirem comprar cotadas com uma avaliação mais baixa, como as da energia e setor financeiro, mas na última meia hora de negociaçãop conseguiram dar a volta por cima e fechar em alta.

 

Hoje, o Goldman Sachs já veio dizer que aponta para que os juros diretores da Fed possam subir quatro vezes este ano.

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