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S&P 500 em mínimos de 12 semanas e Dow Jones com pior série semanal desde 2011

As bolsas do outro lado do Atlântico encerraram em baixa, devido ao intensificar das tensões comerciais, com Trump a ameaçar escalar as tarifas aduaneiras sobre o México, e a China a preparar uma lista negra de empresas estrangeiras que acusa de prejudicarem os seus interesses.

Reuters
31 de Maio de 2019 às 21:06
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O Dow Jones encerrou a ceder 1,41% e quebrou o patamar dos 25.000 pontos ao fixar-se nos  24.815,04 pontos. Já o Standard & Poor’s 500 recuou 1,32% para 2.752,06 pontos.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 1,51% para 7.453,15 pontos.

 

As tensões comerciais continuaram a pesar na tendência, com novos episódios a intensificarem os receios dos investidores.

 

O presidente norte-americano ameaçou reforçar as tarifas alfandegárias sobre os produtos oriundos do México, ao passo que a China disse estar a preparar uma lista negra de empresas estrangeiras que acusa de prejudicarem os seus interesses.

 

Estas fricções comerciais levaram as bolsas norte-americanas a registarem assim a sua pior semana desde a derrocada de dezembro passado.

O S&P 500 caiu para mínimos de 12 semanas, perdendo 6% em maio - mas, ainda assim, no acumulado do ano sobe 9,7%. Já o Dow Jones marcou a sexta semana consecutiva de quedas, naquela que é a mais longa série de quedas desde 2011.

As fabricantes automóveis estiveram entre as mais penalizadas, com este grupo do S&P 500 a ceder 4%, à conta da ameaça de Trump ao México, uma vez que muitas norte-americanas operam naquele país, como a General Motors e a Ford .

 

A mais recente medida por Trump, que se auto-intitula Tariff Man (O Homem das Tarifas), visa impor 5% de tarifas aduaneiras sobre todos os produtos oriundos México a partir de 10 de junho. A acontecer, elevará para 25% as tarifas sobre os bens mexicanos, a menos que aquele país consiga impedir que a "imigração ilegal" para os EUA.

 

Este clima de incerteza tem levado os investidores a procurarem apostar em ativos considerados mais seguros do que as ações, como as dívidas soberanas e moedas – casos do dólar, franco suíço e iene.

 

Com os investidores a refugiarem-se nas obrigações soberanas, as rendibilidades caem. Com efeito, a forte aposta nas Obrigações do Tesouro norte-americano com vencimento a 10 anos tem feito descer os juros – e nesta maturidade estão mesmo abaixo da "yield" da dívida a 3 meses, tendo hoje negociado abaixo de 2,20% pela primeira vez em 20 meses.

Este efeito foi também observado em março passado, com esta inversão das pontas da curva de rendimentos dos títulos de dívida dos EUA a sinalizar uma possível recessão no país.

A compor esta "tempestade perfeita" esteve o anúncio da China de que a sua atividade industrial registou uma contração em maio, com as tarifas norte-americanas a pesarem.

 

"Este triplo abalo de más notícias de hoje foi demasiado para o estômago dos investidores", comentou à Business Insider o diretor do departamento de análise do London Capital Group, Jasper Lawler.

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