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China já tem pronto o plano para contra-atacar EUA com metais raros

Fontes próximas do governo chinês garantem que as medidas preparadas para sancionar os Estados Unidos, que têm por base a exportação de metais raros, estão prontas a avançar.

Damir Sagolj /Reuters
31 de Maio de 2019 às 10:13
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A China está pronta a usar os metais raros como arma na guerra comercial com os Estados Unidos. De acordo com fontes próximas do Governo chinês, citadas pela Bloomberg, Pequim já sabe exatamente como pretende racionar as exportações destes metais de forma a prejudicar Washington – a concretização do plano está à distância de uma mera decisão.

 

As medidas traçadas pela China deverão focar-se numa sub-categoria dos metais raros na qual os Estados Unidos são particularmente dependentes da China. Este país oriental produz cerca de 80% dos metais raros do mundo, e uma percentagem superior a esta se se olhar às formas processadas destes elementos.

 

Esta semana, Pequim tem vindo a somar ameaças aos Estados Unidos. Num comentário transmitido pela CCTV, um responsável da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reformas avisou que os produtos que requerem metais raros para a sua produção não devem ser usados contra o desenvolvimento do país, sugerindo que a China poderá interromper o fornecimento destes recursos minerais, utilizados no fabrico de computadores, smartphones e veículos elétricos. O comentário deste responsável está a ser lido como uma ameaça velada contra os Estados Unidos e as suas tecnológicas.

 

Posteriormente, o Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista chinês, foi utilizado para deixar alguns recados à maior economia do mundo. "Tornar-se-ão os metais raros uma arma de contra-ataque para a China combater a pressão que os Estados Unidos estão a exercer por absolutamente nenhuma razão? A resposta não é um mistério", lê-se no jornal, citado pela CNBC. "Aconselhamos os Estados Unidos a não subestimarem a habilidade do lado chinês em salvaguardar os seus direitos de desenvolvimento e interesses. Não digam que não vos avisámos!", encontra-se ainda redigido na mesma publicação.

 

O conflito comercial entre as duas maiores economias do mundo vindo a escalar. O "ponto de viragem" veio agitar os ânimos aconteceu ainda este mês, quando a última tentativa de entendimento entre Estados Unidos e China falhou. Da discórdia resultou o aumento da tarifa que é aplicada a um grupo de bens chineses no valor de 200 mil milhões de dólares, de 10% para 25%. Para além desta medida, Trump já ameaçou alargar as tarifas de 25% a um novo lote de bens chineses, que ainda não são alvo de taxas aduaneiras, cujas importações estão avaliadas em cerca de 300 mil milhões de dólares.

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