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Redução das perdas do Deutsche Bank sustenta Wall Street

As principais bolsas norte-americanas abriram em alta, sustentadas pelo facto de o Deutsche Bank estar a anular as fortes perdas da sessão passada, se bem que se mantenham os receios em torno do sector financeiro.

Reuters
30 de Setembro de 2016 às 14:49
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O Standard & Poor’s 500 segue a somar 0,60% para 2.164,09 pontos e o índice industrial Dow Jones avança 0,74% para se fixar nos 18.277,71 pontos. O tecnológico Nasdaq Composite, por seu lado, valoriza 0,47% para 5.294,00 pontos.

 

O Deutsche Bank está a travar as perdas na bolsa alemã, mas os investidores continuam preocupados e a avaliar as implicações dos novos apuros no sector bancário europeu. Recorde-se que ontem os títulos da categoria financeira listados no S&P 500 caíram 1,5% agregadamente, devido aos receios de que os apuros do Deutsche Bank se estendam a todo o sector da banca a nível mundial.

 

Vários fundos que recorrem ao Deutsche Bank para fazer a negociação de contratos derivados, usando-o como contraparte na garantia das transacções, estão a retirar as suas operações e o dinheiro que têm alocado no banco alemão, avançou a Bloomberg, o que veio intensificar as preocupações em torno desta instituição financeira. O mercado está atento aos níveis de capital do banco e à sua capacidade para enfrentar pesados custos legais - já que pode vir a ter de pagar uma multa de 14 mil milhões de dólares à Justiça norte-americana.

 

O Deutsche Bank, à semelhança de outros grandes bancos, é acusado de ter vendido, antes de rebentar a crise financeira de 2007-2008, créditos imobiliários convertidos em produtos financeiros complexos, baptizados RMBS, a investidores, apesar de saber que eram tóxicos, isto é, que não tinham qualidade.

 

O maior banco alemão estabeleceu, na sessão de quinta-feira, o valor mais baixo de sempre, e hoje chegou a marcar também um novo mínimo histórico mas começou entretanto a reduzir as perdas.

 

Ainda na Alemanha, a notícia de que o Commerzbank irá despedir 9.600 pessoas contribuiu para agravar a tendência baixista no sector financeiro.

 

Por outro lado, o Wells Fargo continua igualmente a perder terreno, ainda no âmbito do escândalo das contas-fantasma criadas por 5.300 trabalhadores do banco norte-americano que foram entretanto despedidos – parte dos quais anunciaram esta semana que vão processar a instituição, alegando que seguiram ordens que beneficiaram directamente o CEO John Stumpf.

 

Hoje foi divulgado que os gastos dos consumidores norte-americanos diminuíram ligeiramente em Agosto, ao passo que o crescimento dos rendimentos pessoais foi o mais débil desde a queda registada em Fevereiro – dados que apontam para uma menor solidez da economia dos EUA e que criam a expectativa de que a Fed não se decidirá, para já, por uma nova subida dos juros.

Esta sexta-feira fecha o mês de Setembro e fecha também o trimestre. E há surpresas. Segundo os cálculos da Bloomberg, as grandes tecnológicas, como a Apple, revelaram uma supremacia nos últimos três meses que não era vista desde o ‘bull market’ iniciado em 2009 – catapultando assim o S&P 500 para o seu melhor trimestre deste ano.


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