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Wells Fargo enfrenta processo em tribunal por alegadas más práticas
Os accionistas accionaram um processo contra o banco americano, alegando que a firma enganou os investidores sobre a sua performance financeira e o sucesso das suas práticas de vendas.
O banco americano Wells Fargo está a ser alvo de um processo judicial, interposto pelos accionistas, que alegam que a instituição enganou os investidores. Os queixosos referem que a performance financeira e as práticas de vendas do banco não são aquilo que o Wells Fargo dizia, referiu a Reuters.
A instituição, o terceiro maior banco dos EUA em termos de activos, acordou o pagamento de 190 milhões de dólares (168 milhões de euros) no início deste mês depois de ter sido revelado que alguns dos seus funcionários abriram cerca de dois milhões de contas sem o conhecimento dos clientes, para cumprir as metas de vendas.
O processo, que foi entregue num tribunal no norte da Califórnia, aparece quase uma semana depois do CEO John Stumpf ter comparecido perante o senado dos EUA para responder sobre a sua gestão do banco.
Os queixosos falam especificamente de Stumpf e de Carrie Tolstedt, que já saiu do banco, mas que vendeu mais de 31 milhões de dólares (26,6 milhões de euros) em acções a preços "artificialmente inflacionados".
A Wells Fargo já disse que o seu Conselho de Administração irá averiguar se é para cancelar ou reaver os incentivos pagos a Tolstedt.
O processo também criticou o uso de "cross selling" da instituição, referindo que o Wells Fargo falhou na revelação de factos materiais sobre as suas práticas, que tinham como objectivo cumprir quotas de vendas.
O banco há muito que era a "inveja" do sector pela sua capacidade de vender vários produtos ao mesmo cliente.
O Wells Fargo já despediu 5.300 pessoas por causa deste assunto e garantiu que iria eliminar as metas de vendas na banca de retalho a partir de 1 de Janeiro de 2017.