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Presidente do Wells Fargo sai após escândalo de contas fantasma

O Wells Fargo mudou de presidente. A John Stumpf sucederá Tim Sloan.

Scott Eells/Bloomberg
Negócios 13 de Outubro de 2016 às 01:26
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John Stumpf, que presidiu ao Wells Fargo nos anos de crise financeira, saiu dos cargos de presidente executivo (CEO) e não executivo ("chairman"), após a denúncia de que a instituição financeira teria aberto contas para clientes que não o requereram. 

A multiplicação dessas contas fantasma levou a que a instituição demitisse 5.300 trabalhadores que, por sua vez, processaram a empresa por esse despedimento, reclamando 2,6 mil milhões de dólares. 

Segundo a administração do Wells Fargo, foram os gestores que demitiu que decidiram abrir contas bancárias falsas e emitir cartões de crédito para os seus clientes, sem o seu consentimento nem conhecimento, como estratégia de ampliar o seu negócio.

 

O banco norte-americano conta com cerca de 40 milhões de clientes no retalho, e a investigação realizada pelos reguladores federais aponta para que tenham sido criadas cerca de 1,5 milhões de contas bancárias e emitidos 565.000 cartões de crédito sem autorização dos clientes.

Agora o presidente sai do banco. Stumpf, de 63 anos, será substituído por Tim Sloan, de 56 anos, ficando Stephen Sanger como "chairman" que, ainda elogiou Stumpf na saída, dizendo que liderou com sucesso a instituição, durante uma forte crise financeira, ajudando a criar uma forte companhia financeira. No entanto, acrescentou num comunicado citado pela Bloomberg, considera ser o momento adequado para uma nova liderança.

Stumpf deixa a instituição com 268 mil trabalhadores, mas com uma reputação beliscada. Desde que a conduta foi anunciada as acções do Wells Fargo caíram 12%. A 8 de Setembro foi comunicado que 

o Gabinete de Protecção Financeira do Consumidor dos EUA (CFPB) tinha multado o banco em 185 milhões de dólares, tendo também decretado o pagamento de mais 5 milhões de indemnização aos clientes lesados. E que pagaria 35 milhões de dólares ao Departamento de Supervisão da Moeda e 50 milhões à cidade de Los Angeles – cujo Ministério Público lidera a investigação a esta fraude.

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