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Queda de 16% em três sessões leva PT para mínimos de 18 anos

As acções da Portugal Telecom afundaram um máximo de 9,57% no dia em que dois administradores da empresa, em representação da brasileira Oi, renunciaram ao cargo. Desde que foi noticiado o empréstimo ao GES as acções recuam 16,3%.

Sara Matos/Negócios
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As acções da Portugal Telecom atingiram esta manhã o valor mais baixo desde Janeiro de 1996 (um mês antes da oferta hostil lançada pela Sonaecom), após uma queda de 9,57% que levaram os títulos a 2,42 euros.

 

Os títulos seguem nesta altura com uma queda ligeiramente mais contida, de 6,91% para 2,491 euros, o que confere à empresa liderada por Henrique Granadeiro uma capitalização bolsista de 2.222 milhões de euros.

 

A descida das acções da empresa liderada por Henrique Granadeiro surge no dia em que a empresa anunciou que Otávio de Azevedo e Fernando Magalhães Portella, os dois representantes brasileiros da Oi no conselho de administração da Portugal Telecom, renunciaram ao conselho de administração da Portugal Telecom.

 

Desde 5 de Maio que a PT já só tem nos seus activos a participação na Oi, sendo que no comunicado não são dadas explicações para esta renúncia.

 

O comportamento da PT em bolsa tem sido negativamente influenciado pelo investimento que a operadora efectuou em dívida do Grupo Espírito Santo. Foi na quinta-feira noticiado que a PT tinha adquirido títulos de dívida de curto prazo de empresas do GES.

 

Num esclarecimento ao mercado, divulgado esta segunda-feira, 30 de Junho, a Portugal Telecom confirmou que tem 897 milhões de euros de papel comercial da Rioforte, entidade da família Espírito Santo que tem activos não financeiros.

 

A PT anunciou ainda que a maior parte dessa aplicação vence a 15 de Julho. São 847 milhões de euros que a Rioforte tem de reembolsar até essa data, tendo os restantes 50 milhões maturidade a 17 de Julho.

 

Desde que foi conhecida esta exposição da PT ao GES que os títulos da operadora têm registado sempre fortes quedas em bolsa. Na sexta-feira desceram 5,64% para 2,727 euros e ontem baixaram 1,87%. No acumulado das três sessões, tendo em conta o mínimo de hoje nos 2,42 euros, a PT recuou 16,3% em bolsa.

 

Este desempenho negativo dos últimos dias elevou as perdas acumuladas no ano para 21,5%. A conclusão da fusão com a Oi está prevista para o terceiro trimestre deste ano, sendo que, neste momento, o seu único activo é uma participação de 37,41% na empresa brasileira.

 

Daí que o desempenho em bolsa da PT esteja muito ligado ao da Oi. A empresa brasileira fechou sexta-feira, na Bolsa de São Paulo, a desvalorizar 5,19% e ontem caiu 2,99% para 1,95 reais. 

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