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PT SGPS dispara mais de 20% a poucas horas da assembleia-geral de accionistas

Às 15h00 desta quinta-feira serão retomados os trabalhos da assembleia-geral que deverá decidir a venda da PT Portugal aos franceses da Altice. Os títulos da PT SGPS estão a negociar em forte alta.

Pedro Elias/Negócios
Negócios 22 de Janeiro de 2015 às 11:50
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As acções da PT SGPS estão a negociar em forte alta esta quinta-feira, 22 de Janeiro, quando faltam poucas horas para serem retomados os trabalhos da assembleia-geral que deverá decidir a venda da PT Portugal aos franceses da Altice.

 

Os títulos sobem 19,72% para 76,5 cêntimos, depois de terem chegado a disparar um máximo de 21,28% para os 77,5 cêntimos. Em apenas três horas de negociação, trocaram de mãos mais de 13 milhões de acções, quando a média diária dos últimos seis meses não vai além dos 11,8 milhões.

  

O Negócios escreve hoje que a aceitação de venda da PT Portugal está iminente na reunião, que pode ter Oi e não ter Menezes Cordeiro, presidente da mesa da assembleia-geral. O Novo Banco, que tem 10% dos votos na PT SGPS (apesar da participação accionista ser de 12,6%), é determinante no desfecho da assembleia-geral desta quinta-feira, 22 de Janeiro. Não costuma estar muito capital presente nas assembleias, o que leva a que os accionistas com mais acções acabem por ter um peso maior.

 

Entretanto, esta quarta-feira, 21 de Janeiro, o Governo fez saber que não irá tomar posição nesta assembleia. O Governo "não vai tomar posição" na assembleia-geral da PT, assegurou a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, ontem no Parlamento.

 

Ainda que, o ponto desta assembleia-geral seja a venda da PT Portugal, o Negócios escreve também esta quinta-feira que os accionistas vão aproveitar a presença de Bayard Gontijo, presidente da Oi, e da administração da PT para outras questões, como a auditoria da PricewaterhouseCoopers e as aplicações da empresa portuguesa na Rioforte.

 

Altice disponível para pagar 7,4 mil milhões pela PT Portugal

 

A 1 de Dezembro de 2014, a Oi confirmou estar em negociações exclusivas com a Altice para vender a PT Portugal e que o contrato de exclusividade destas negociações tinha um prazo de 90 dias. Este acordo visa permitir "à Oi e à Altice negociarem e acordarem os termos finais da alienação da PT Portugal e à Oi obter as autorizações societárias necessárias para realizar a alienação da PT Portugal", explica a Oi em comunicado enviado esta manhã ao regulador do mercado português.

 

A proposta da Altice considera um valor da empresa (enterprise value) de 7,4 mil milhões de euros, excluindo caixa e dívida, e inclui um "earn-out" (pagamento diferido) de 500 milhões de euros relacionados a geração futura de receita da PT Portugal.

 

Responsabilidades com trabalhadores ficam na PT Portugal

 

Ontem, o Negócios apurou que as responsabilidades com pagamentos de pré-reformas e contratos suspensos na PT Portugal ficarão na empresa e não serão transferidos para Oi.

 

Isso mesmo consta de uma carta enviada pela Altice ao Sindicato dos Trabalhadores do Grupo PT (STPT), que tem mostrado preocupações com esta situação. Também a CMVM demonstrou dúvidas sobre esta incerteza na carta escrita ao presidente da mesa da assembleia-geral da PT SGPS, António Menezes Cordeiro.

 

Segundo apurou o Negócios, nessa missiva ao sindicato - que tem dito que não tinha obtido até ao momento resposta nem da Altice nem da Oi à sua dúvida - a Altice garante que as obrigações assumidas pela PT Portugal ao nos acordos de suspensão e de pré-reforma não ficarão a cargo da Oi. Mas sim na PT Portugal, empresa que pode vir a ser adquirida pela Altice.

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