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PT cai mais de 10% e negoceia pela primeira vez abaixo dos 2 euros
As acções da Portugal Telecom continuam a renovar sucessivos mínimos históricos. Esta quarta-feira, a operadora já caiu mais de 10% e negociou, pela primeira vez, abaixo dos 2 euros por acção.
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As acções da Portugal Telecom mantêm a tendência fortemente negativa das últimas sessões e registam hoje a maior queda desde que foi anunciado o financiamento de 900 milhões de euros à Rioforte a 26 de Junho. Os títulos já perderam 10,72% para um novo mínimo histórico de 1,89 euros.
A cotada segue agora a cair 9,26% para negociar em 1,921 euros, com mais de 10 milhões de títulos transaccionados em menos de uma hora de negociação, quando a média diária dos últimos seis meses é 7,4 milhões.
Desde dia 26 de Junho, as acções da empresa liderada por Henrique Granadeiro perderam terreno em oito das 10 sessões e acumulam uma desvalorização próxima dos 34%.
A empresa continua sob fogo cruzado, depois do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ter criticado abertamente a gestão da PT pela subscrição de papel comercial da Rioforte no montante de 900 milhões de euros, aplicação que vence na sua maioria a 15 de Julho e que pode estar em risco.
O BNDES diz considerar "as operações inconsistentes com padrões mínimos de boa governança corporativa". Tal como a própria Oi já tinha feito, o BNDES garante ter pedido mais informações "detalhadas" sobre a aplicação feita pela PT. O banco de fomento brasileiro é dos principais accionistas da Telemar e é um dos braços públicos no capital da operadora brasileira. O BNDES garante que a sua única preocupação é "a preservação dos interesses dos acionistas da Oi", não dizendo se tomará mais medidas em relação a este processo. Aproveita, no entanto, para renovar "a sua confiança na actual gestão da companhia", liderada por Zeinal Bava.
(Notícia actualizada às 08h48)