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PSI-20 perdeu 2,26 mil milhões com maior queda desde Agosto

A praça lisboeta seguiu, esta quinta-feira, a tendência predominante nos mercados mundiais regressando às perdas. Com uma descida próxima de 4,5%, registou a maior queda diária desde Agosto de 2015. A Galp foi a cotada que mais pressionou.

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11 de Fevereiro de 2016 às 16:55
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O PSI-20 encerrou a sessão desta quinta-feira, 11 de Fevereiro, a desvalorizar 4,47% para 4.460,63 pontos, com 16 cotadas a negociar em queda e apenas uma em alta, seguindo assim o sentimento que está a marcar o dia nas principais praças bolsistas internacionais. O PSI-20 desvalorizou 2,26 mil milhões de euros na sessão, elevando para 8,1 mil milhões de euros a perda de valor desde o início de 2016. Foi ainda a maior queda diária da bolsa desde 24 de Agosto do ano passado. 

A EDP foi a cotada que mais perdeu, desvalorizando 577,7 milhões de euros na sessão, com a Galp Energia a aproximar-se com uma perda de 525,7 milhões de euros durante esta terça-feira. O dia não foi melhor para a banca, com o BCP a desvalorizar 82,7 milhões de euros e o BPI a perder 81,6 milhões de euros.

 

Na Europa, as principais praças do Velho Continente também negociaram em forte queda, num dia em que o índice de referência grego, o FTASE, estabeleceu mesmo um novo mínimo histórico. Já o Stoxx 600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, caiu 3,68% num dia em que voltou a negociar em mínimos de Outubro de 2014. Em Wall Street o vermelho também é a cor uma vez mais predominante.

 

Nos Estados Unidos, como na Europa, a banca é o sector que mais pressiona. No Velho Continente, depois do caso do Deutsche Bank é agora a vez de a Société Générale estar no centro das atenções, isto depois de ter registado lucros de 656 milhões de euros no quarto trimestre de 2015, um resultado muito aquém do esperado pelos analistas que antecipavam um resultado líquido na ordem dos 944 milhões de euros.

 

No plano nacional, foi a Galp Energia a cotada que mais penalizou o principal índice nacional, acabando o dia a desvalorizar 6,19% para 9,601 euros, seguindo a tendência de queda do preço do petróleo. Nesta altura em Londres, o Brent do Mar do Norte, utilizado como valor de referência para as importações nacionais, segue a cair 2,30% para 30,13 dólares por barril.

O vermelho pintou o sector energético português. A EDP perdeu 5,49% para 2,72 euros, um mínimo de Janeiro de 2014, assim como a EDP Renováveis que cedeu 5,49% para 2,72 euros. Tal como a praça lisboeta, também a Galp Energia e a EDP registaram a maior queda diária desde 24 de Agosto de 2015, dia denominado de "segunda-feira negra" devido às fortes perdas registadas nas bolsas mundiais provocadas pela maior queda desde 2007 da bolsa chinesa.

 

O sector do retalho voltou a sofrer um forte impacto numa sessão em que a Sonae deslizou 5,88% para 0,881 euros, dia em que a retalhista transaccionou em mínimos de Setembro de 2013. Já a Jerónimo Martins desceu 3,56% para 12,045 euros.

 

Também a banca voltou a sofrer fortes perdas, com o BCP a ceder 4,01% para 0,0335 euros e o BPI a recuar 5,65% para 0,935 euros. Isto no dia em que o Diário Económico avançou que o Deutsche Bank vai integrar a equipa que está a tentar vender o Novo Banco, instituição detida pelo Fundo de Resolução para o qual contribuem tanto o BCP como o BPI.

 

Nota negativa também para os CTT que caíram 3,55% para 7,147 euros, numa sessão em que os correios nacionais estiveram em mínimos de Novembro de 2014 ao transaccionarem nos 7,063 euros.

 

Sentimento misto no sector da construção. Enquanto a Mota-Engil seguiu a tendência ao descer 3,82% para 1,308 euros, a Teixeira Duarte foi a única empresa a negociar em alta com uma valorização de 6,87% para 0,28 euros, com a cotada a recuperar parte das perdas registadas na última sessão em que transaccionou no valor mais baixo desde Dezembro de 2012. 

(Notícia actualizada às 17:05)

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