O PSI20 encerrou a semana a avançar 0,21%, com a concessionária de auto-estradas Brisa a registar a maior valorização, depois de ter aumentado a sua ponderação no índice, após a entrada em vigor do novo método de cálculo, na passada segunda-feira.

O PSI20 [PSI20] terminou hoje a marcar 7.340,62 pontos, enquanto o PSI30 cedeu 0,09% no conjunto das últimas quatro sessões, para encerrar nos 3.394,62 pontos.

A Bolsa de Valores de Lisboa e Porto (BVLP) não vai negociar amanhã, devido à comemoração em Portugal do feriado relativo à implantação da República no nosso país, em 1910.

Na segunda feira, entrou em vigor a nova organização do PSI20, tendo a ponderação de cada empresa no índice passado a depender de um rácio entre a capitalização bolsista e o «free-float», ou seja, a percentagem de capital dispersa em Bolsa.

A Brisa [BRISA] foi uma das principais beneficiadas com a entrada em vigor do novo método de cálculo, tendo passado a ser o quarto título mais representativo no PSI20, com uma ponderação de 8,5%. As acções da empresa liderada por Van Hoof Ribeiro treparam 6,5% na semana, para os 10,65 euros (2.135 escudos).

A Modelo Continente [MCON] não acusou a redução do seu peso no principal índice da BVLP, tendo valorizado 4,59% nas últimas quatro sessões, para os 1,14 euros (229 escudos), beneficiando de rumores sobre a reestruturação do Grupo Sonae, segundo operadores.

O título que ocupou a terceira posição no «ranking» das subidas foi a Soluções Automóvel Globais (SAG) [SAG], que cresceu 4,23% para os 1,97 euros (396 escudos), depois de ter anunciado que vai pagar um dividendo antecipado de 0,06 euros (12 escudos) por acção no próximo dia 22 de Outubro.

O BPI [BPIN] ganhou 4,15% face aos valores de fecho de sexta-feira, para encerrar hoje nos 2,26 euros (453 escudos), depois de ter recebido esta semana uma recomendação de «compra/risco médio» por parte da Schroder Salomon Smith Barney (SSSB), que considerou o banco liderado por Artur Santos Silva como o título mais atractivo do sector em Portugal.

A Electricidade de Portugal (EDP) [EDP] ganhou 1,76% para os 2,89 euros (579 escudos), depois da eléctrica ter sido a principal beneficiada com a reorganização do PSI20, passando a ter um peso de 19,7% no índice, cerca de 5 pontos percentuais acima do anterior.

A Portugal Telecom (PT) [PLTM] recuou 2,88% esta semana, para os 7,75 euros (1.554 escudos). A operadora admitiu ontem que pretende aumentar a sua posição até 60% na brasileira Telesp Celular Participações (TCP), através da conversão de suprimentos de mil milhões de euros (200 milhões de contos) em capital e de uma operação de aumento de capital, que poderá ocorrer no primeiro semestre de 2002.

A Sonae SGPS [SON] caiu 3,57% para fechar hoje nos 0,54 euros (108 escudos), depois de ter anunciado que reforçou a sua posição na Portucel para os 29,18%, ao acorrer ao aumento de capital daquela empresa através da Sonae Wood Products, no âmbito da parceria firmada recentemente com a brasileira Suzano.

As acções da Portucel [PTCL] encerraram nos 0,89 euros (178 escudos), tendo desvalorizado 3,26% desde o fecho de sexta-feira, registando a terceira maior queda entre as empresas que integram o principal índice da Bolsa nacional.

A maior descida pertenceu à Jerónimo Martins (JM) [JMAR], que resvalou 7,26% na semana, para os 5,75 euros (1.153 escudos). A distribuidora anunciou que vai proceder a uma reestruturação sem efectuar a cisão das suas actividades, depois de deduzida a oposição à cisão por parte da Delavale e da Gleason Carmichael, que se reclamam credoras da companhia liderada por Soares dos Santos.

A assembleia geral (AG) de accionistas que aprovou a cisão foi também impugnada pelo Banco Privado Português (BPP), através da Strand Ventures, que detém uma posição de 5,16% na JM. A distribuidora já convocou uma nova AG, para o dia 13 de Novembro, com o objectivo de deliberar a anulação das decisões tomadas na AG em que foi aprovado o projecto de cisão.

A rendibilidade das Obrigações do Tesouro português a 10 anos recuou 15 pontos base para os 5,99% e a do «bund» alemão caiu 10 pontos base para os 4,69%, enquanto nos Estados Unidos (EUA), a rendibilidade das Obrigações da Reserva Federal a 10 anos diminuiu 2 pontos base para os 3,72%.

O euro ganhou 1,5% face à moeda norte-americana na semana, negociando hoje nos 0,9147 dólares.

Em Nova Iorque, o barril de petróleo para entrega no próximo mês [CL1] desvalorizou 4,44% desde o início da semana, cotando nos 22,38 dólares (24,49 euros ou 4.910 escudos), enquanto na Bolsa de Londres, os futuros sobre o «brent», ou petróleo do Mar do Norte [CO1], recuaram 5,84% para os 21,92 dólares (23,99 euros ou 4.810 escudos).