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PSI-20 acompanha perdas da Europa arrastado pelo setor papeleiro

A bolsa nacional foi penalizada pelas papeleiras, num dia em que as principais praças europeias foram pressionadas pelo setor tecnológico, que cedeu perante o agravar das tensões entre os EUA e a China.

Bruno Simão/Negócios
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A bolsa nacional arrancou esta semana no vermelho, a ser arrastada pelas cotadas do setor papeleiro. O PSI-20 desvalorizou 0,38% para os 5.098,84 pontos, com 12 cotadas em queda, uma inalterada e cinco em alta. Esta é a terceira sessão consecutiva de quedas para a praça portuguesa, que acompanhou, assim, a tendência negativa que se fez sentir no resto da Europa, numa altura em que as tecnológicas estão a ser penalizadas pelo escalar das tensões entre os Estados Unidos e a China, com o corte de relações com a Huawei.

A condicionar o desempenho do PSI-20 estiveram as papeleiras. A Navigator deslizou 3,8% para os 3,39 euros, depois de o banco BiG ter revisto em baixa o preço-alvo atribuído às ações da empresa, de 5,84 euros para 4,65 euros, e cortado as estimativas para a margem de EBITDA, para refletir o aumento esperado dos custos da papeleira.

A Navigator acabou por arrastar o resto do setor, com a Altri a perder 3,67% para os 6,16 euros por ação e a Semapa a desvalorizar 2,57% para os 12,90 euros.

A penalizar a bolsa estiveram ainda o BCP e a EDP, que caíram 1,27% e 0,8%, respetivamente. Também a Mota-Engil pressionou o PSI-20, ao recuar 1,52% para os 2,07 euros, depois de ter comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que a Cobas Asset Management deixou de deter uma posição qualificada no seu capital.

A evitar quedas mais acentuadas esteve a Jerónimo Martins, que avançou 1,59% para os 13,10 euros por ação. Destaque ainda para os CTT, cujas ações reagiram em alta ao reforço de posição da Manuel Champalimaud como principal acionista, depois das aquisições feitas na semana passada. A empresa de correios valorizou 1,19% para os 2,21 euros por ação, chegando a valorizar mais de 3% durante a manhã.

No resto da Europa, a tendência foi de quedas mais acentuadas, com as principais praças a reagirem assim ao anúncio de várias tecnológicas norte-americanas de que irão cortar relações com a chinesa Huawei, para cumprirem a ordem executiva do governo norte-americano. Entre elas, estão gigantes como a Intel e a Google, que vão deixar de fornecer componentes e serviços à Huawei, agravando as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

Foi neste cenário que o índice que reúne as maiores cotadas do setor tecnológico na Europa registou uma quebra de quase 3%. O Stoxx 600 acabou por acompanhar este movimento, ao desvalorizar mais de 1%.

Notícia atualizada às 16h46 com mais informação.
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