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BiG corta preço-alvo da Navigator. Ações descem para mínimos de dezembro
O banco BiG justifica a descida com o aumento dos custos da empresa, que deverá ter reflexo na margem EBITDA. Apesar do corte do target, o potencial de valorização ainda é superior a 30%.
O banco BiG reviu em baixa o preço-alvo atribuído às ações da Navigator para refletir o aumento esperado dos custos da empresa, que levou a instituição a cortar as estimativas para a margem EBITDA.
Numa nota de análise a que o Negócios teve acesso, o BiG reduz o target para as ações de 5,84 euros para 4,65 euros, e mantém a recomendação de "comprar". Tendo em consideração a cotação atual, de 3,404 euros, o preço-alvo ainda tem implícito um potencial de valorização de mais de 36%.
Os analistas do BiG destacam que, após o primeiro trimestre deste ano, ficou claro o aumento dos custos nos negócios da Navigator, principalmente no que diz respeito aos produtos químicos e madeira. "Consequentemente, tivemos de reduzir as nossas expectativas de margem EBITDA para valores mais conservadores em torno de 25%, contra cerca de 28% anteriormente", referem na nota de análise.
A contribuir para esta mudança está também o impacto negativo esperado no negócio de energia, devido ao fim de um benefício especial no preço de venda da energia de biomassa em meados de 2020.
"Este aumento nos custos traduzir-se-á numa menor geração de cashflow e, por essa razão, esperamos que os dividendos permaneçam constantes no nível atual de 200 milhões de euros por ano (dividend yield de 7,9%)", acrescentam.
Esta atualização por parte do BiG acontece depois de a empresa ter revelado, a 9 de maio, que fechou o primeiro trimestre deste ano com um resultado líquido de 49,3 milhões de euros, o que representa uma redução de 7,5% face ao mesmo período do ano passado.
Para o conjunto do ano, o banco espera lucros de 245 milhões de euros, um EBITDA de 455 milhões e um crescimento das vendas de 5% para 1,8 mil milhões de euros.