Nelson Tanure (na foto) reduziu a posição detida na Pharol através da Blackhill Holding. Esta empresa chegou a ter mais de 6% do capital da empresa liderada por Luís Palha da Silva, em março. A redução de posição ocorreu já depois do fim da assembleia geral de acionistas.

A Blackhill ficou com 1,92% do capital da Pharol após a venda de ações, de acordo com a informação revelada através de um comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

De realçar que, em março, esta empresa chegou a deter mais de 6% do capital da cotada portuguesa.

O nome de Nelson Tanure esteve ligado a uma polémica sobre a ligação que teria a outras duas empresas que detinham posições relevantes na Pharol. Segundo o jornal Eco, o regulador do mercado de capitais, a CMVM, investigou as ligações de Tanure à High Bridge e à High Seas, desconfiando que estas empresas estariam sob propriedade do empresário, o que elevaria para cerca de 18% a imputação conjunta de votos. A investigação ganhou novos contornos depois de a High Bridge ter requerido a inclusão de pontos de ordem à assembleia geral, que decorreu no final de março, para destituir e admitir novos administradores, com nomes ligados a Tanure. Os pontos em causa acabaram por ser retirados da ordem dos trabalhos. E a decisão da CMVM não se confirmou, com as votações a serem feitas separadamente.

Nelson Tanure negou, desde sempre, que fosse o proprietário dessas outras empresas, e ao Negócios admitiu "antigas parcerias, laços de amizade, sucesso em investimentos com a High Bridge, o que não é sinónimo de propriedade".

Sobre estas empresas, a High Seas também reduziu a sua posição na Pharol há cerca de duas semanas. A empresa ficou com 1,39% do capital da cotada liderada por Palha da Silva. Antes do comunicado de dia 14 de maio, a High Seas diz que tinha 2,41% da Pharol.