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Plano estratégico da EDP eleva ações para máximos de seis meses
O arranque da sessão foi negativo para a EDP, com as ações a descerem 1,8%. Mas a presentação do plano estratégico está a ser bem recebida pelos investidores, que estão a elevar os títulos da elétrica em mais de 1%.
As ações da EDP estão a subir 1,4% para 3,315 euros, o que corresponde ao valor mais elevado desde setembro de 2018. Esta subida compara com uma queda de 1,8% registada logo na abertura da sessão, provocada pela apresentação dos resultados de 2018.
Os investidores castigaram as ações da elétrica liderada por António Mexia pelos resultados apresentados. Os lucros da EDP caíram mais de metade para 519 milhões de euros, o que corresponde ao valor mais baixo desde 2004.
A empresa explicou que a quebra dos lucros está relacionada com o impacto adverso de medidas regulatórias em Portugal, nomeadamente com a provisão de 285 milhões de euros pelas alegadas sobrecompensações dos CMEC (Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual).
Os números foram assim negativos, com os investidores a penalizarem os títulos em bolsa. E nem o facto de a EDP anunciar que vai manter o dividendo de 19 cêntimos – o que significa que vai distribuir um bolo em dividendos superior aos lucros – evitou a queda dos títulos.
A inversão da tendência surgiu depois de publicado o plano estratégico para o período entre 2019 e 2022. A empresa liderada por António Mexia anunciou um plano de investimentos (bruto) de 12 mil milhões de euros, a venda de ativos no valor total de seis mil milhões de euros, um crescimento médio anual dos lucros de 7% e a manutenção de um dividendo mínimo de 19 cêntimos.
As metas traçadas para o próximo triénio estão a ser bem recebidas. E será isso que está a impulsionar as ações da EDP, permitindo que a cotada recuperasse de uma queda se quase 2% logo na abertura.