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Pharol perde mais de um quarto do valor em 2018
O arranque do ano não está a ser amistoso para a Pharol. Em bolsa, a perda já supera os 25%, com as acções a negociarem em mínimos de Dezembro de 2016.
As acções da Pharol afundaram esta segunda-feira, 5 de Fevereiro, 10,07% para 0,183 euros, tendo chegado a tocar nos 0,1816 euros o que corresponde a um mínimo de Dezembro de 2016.
As acções da Pharol completam assim um ciclo de cinco dias de quedas, com as últimas três sessões a serem particularmente penalizantes para os títulos. Com as descidas recentes, a Pharol segue já a cair quase 27% desde o início do ano.
E a liquidez tem sido elevada. Só esta segunda-feira trocaram de mãos mais de 15 milhões de acções, quando a média diária dos últimos seis meses é de 6,6 milhões de títulos.
A justificar o comportamento está a situação da Oi, cujo impasse tem gerado receios entre os investidores.
Ainda na sexta-feira, 2 de Fevereiro, a Oi anunciou que a assembleia geral extraordinária convocada pela Pharol, para 7 de Fevereiro, não será realizada. A justificar esta decisão está o facto de, alega a Oi, o objectivo da Pharol contrariar a decisão judicial sobre o plano de recuperação da operadora de telecomunicações brasileira. Por sua vez, a Pharol, que detém mais de 22% da Oi, reafirma a realização desta reunião. O impasse em torno da recuperação judicial da Oi mantém-se, com a empresa a ter como objectivo reduzir a dívida que supera os 65 mil milhões de reais (cerca de 16 mil milhões de euros). Um valor que ditou o pedido de protecção contra credores em Junho de 2016.
E apesar de a Pharol se ter destacado, não foi a única a pressionar a bolsa, bum dia em que das 17 cotadas que desvalorizaram, 16 caíram mais de 1%, e oito das quais registaram perdas superiores a 2%.