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Pharol afunda 21% em quatro dias
A antiga PT recuou pela quarta sessão consecutiva. Esta sexta-feira, o deslize ocorreu após a apresentação de 75 milhões de euros em prejuízos e depois de previsões mais pessimistas para o futuro.
A Pharol perdeu 21% do seu valor nas últimas quatro semanas. O recuo desta sexta-feira foi o quarto consecutivo, motivado pela apresentação de renovados prejuízos.
A queda de 4,84% foi a menos pronunciada desta semana, em que os títulos chegaram a recuar, por exemplo na quinta, perto de 7%. A desvalorização levou a companhia, principal accionista da empresa Oi, a valer 23,6 cêntimos por acção, a cotação mais baixa desde o final de Janeiro.
Houve uma pressão vendedora de acções, com o volume a aproximar-se dos 13 milhões de euros. Esta semana, em todas as sessões, houve mais troca de títulos do que a média semestral (5,5 milhões por dia).
Esta sexta-feira, a desvalorização da Pharol seguiu-se à apresentação de resultados. O prejuízo registado em 2016 foi de 75,1 milhões de euros face aos 693,9 milhões de euros no ano anterior.
Para além do desempenho nas contas, a equipa de Palha da Silva mostrou-se mais pessimista com a recuperação do investimento em títulos de dívida da Rioforte, sociedade em insolvência no Luxemburgo que deve 897 milhões de euros à empresa portuguesa. A nova estimativa é a de recepção de apenas 9,56% desse valor, ou seja, menos de 90 milhões de euros.
Além da recuperação destes títulos, a Pharol detém uma posição de 27% na operadora brasileira Oi, que está hoje a subir na bolsa de São Paulo.
Apesar do recente desempenho negativo, a Pharol consegue ganhar 14% (ou 2,9 cêntimos) desde o arranque do ano. A capitalização bolsista é de 211,6 milhões de euros.