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Rafael Mora ganhou mais 25% em 2016

A remuneração de Rafael Mora como membro executivo da Pharol subiu em 2016. O gestor ganhou 267,36 mil euros, enquanto o presidente executivo Palha da Silva ganhou 294 mil euros.

Rafael Mora, administrador da PT SGPS, através da Ongoing
Miguel Baltazar/Negócios
28 de Abril de 2017 às 10:17
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Rafael Mora, o espanhol que estava desde 2007 na administração da PT, agora convertida em Pharol, da qual renunciou em Março deste ano, recebeu mais 25% de remuneração salarial em 2016, face ao que tinha recebido em 2015. 

De acordo com o relatório e contas da Pharol, publicado esta madrugada na CMVM, Rafael Mora – que era, além de Palha da Silva, o único elemento executivo da empresa – recebeu um total de 267,36 mil euros pelo exercício de 2016, o que significa um aumento de 25% face ao valor de 213,5 mil euros que estava declarado no relatório de 2015.

Palha da Silva, presidente executivo da Pharol, recebeu mais 10% que Rafael Mora, totalizando a sua remuneração 294 mil euros. Em 2015, Palha da Silva tinha recebido 172 mil euros, mas não completava todo o ano. Palha da Silva foi nomeado para a administração da Pharol na assembleia-geral de 29 de Maio de 2015.

Estes foram, em 2016, os únicos elementos executivos da Pharol. E absorveram 64% das remunerações totais da administração da Pharol em 2016. Os dois receberam um total de 561,4 mil euros, de um bolo total destinado aos administradores de 876,15 mil euros.

Francisco Cary, que entretanto saiu da Pharol – quando deixou de estar no Novo Banco – e que assumiu funções executivas na Caixa Geral de Depósitos, ainda recebeu, pelo exercício de 2016, 22,35 mil euros. Cada um dos administradores não executivos recebeu, pelo conjunto do ano, 35 mil euros. Com excepção dos que não completaram o ano, por renúncia, ou porque entraram a meio. Neste último caso está José Manuel Melo da Silva que recebeu, pelo ano de 2016, 15,26 mil euros. José Manuel Melo da Silva entrou a meio do ano, mas agora, na assembleia-geral marcada para 26 de Maio, será ratificada a sua cooptação. Também nessa reunião de accionistas serão nomeados os elementos, em falta, na mesa da assembleia-geral e no conselho fiscal para o mandato que termina este ano. 

No exercício de 2016, a Pharol reduziu os prejuízos para 75,1 milhões de euros, o que compara com as perdas, um ano antes, de 693,9 milhões de euros.

Após renúncia de Rafael Mora da empresa, Palha da Silva manteve-se como único executivo e pelo relatório e contas da Pharol assim irá continuar. 


"Com a renúncia de Rafael Luis Mora Funes, em 7 de Março de 2017, após decisão do conselho de administração em 27 de Março de 2017, a gestão executiva da empresa passa a ser através de administrador-delegado, na pessoa de Luís Maria Viana Palha da Silva", lê-se no relatório.

Rafael Mora era o administrador histórico da PT e o único elemento que ligava a Pharol ao passado. Rafael Mora tinha entrado na PT por via da representação da Ongoing, empresa que detinha com Nuno Vasconcellos, que passou a ter uma participação qualificada na então PT no decurso da OPA (Oferta Pública de Aquisição) que a Sonaecom lançou em 2006. Nuno Vasconcellos entrou na administração da PT primeiro e em 2007 seguiu-se Rafael Mora.

Rafael Mora renunciou à Pharol em Março, altura em que também deixou a Oi. Segundo o blogger da Globo, Lauro Jardim, Rafael Mora saiu da Oi com uma indemnização de perto de 4 milhões de euros. 

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