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Petróleo regista maior valorização semanal desde Agosto

A expectativa de que a procura mundial de petróleo cresça nos próximos meses está a contribuir para que a matéria-prima registe o maior ganho semanal desde Agosto. Na semana, o Brent valoriza mais de 9% e o WTI mais de 8,5%.

Bloomberg
09 de Outubro de 2015 às 16:18
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Nos mercados internacionais é cada vez maior a expectativa de que o aumento da procura global de petróleo possa compensar os elevados níveis de oferta actualmente registados. Factor que está a contribuir para a subida do preço do barril de petróleo nos mercados internacionais. A matéria-prima registou mesmo a maior valorização semanal desde Agosto.

 

O Brent do Mar do Norte, que é transaccionado em Londres e é utilizado como valor de referência para as importações portuguesas, está a valorizar 9,25% na semana. Esta é a maior valorização desde que na semana finda a 28 de Agosto acumulou um ganho de 10,10%.

 

Tendência idêntica àquela verificada pelo West Texas Intermediate (WTI). O crude transaccionado em Nova Iorque está a avançar 8,85% na presente semana, valorização apenas superada pela subida de 11,79% também obtida na semana que terminou no dia 28 de Agosto.

 

Apesar desta tendência de subida, o Brent segue agora a cair 0,90% para 52,57 dólares por barril, enquanto o WTI está a subir 0,28% para 49,57 dólares.

 

Os mercados acreditam que apesar dos indicadores que vêm apontando para o abrandamento da economia global, haverá um crescimento da procura mundial pela matéria-prima. Acredita-se que o aumento da procura seja de tal forma significativo que possa compensar os actuais elevados níveis de oferta do petróleo, razão que contribuiu de forma decisiva para a descida do preço do "ouro negro" ao longo do último ano.

 

Gary Ross, chairman da PIRA Energy Group, considera que uma das razões que também irá contribuir de forma determinante para a subida do preço do petróleo será a ausência de capacidade de produção excedentária. As empresas norte-americanas de xisto betuminoso precisarão de pelo menos nove meses para aumentar a sua produção para níveis mais rentáveis, prevê ainda Ross citado pela Bloomberg.

 

A reforçar esta convicção, a organização de países produtores de petróleo (OPEP) publicou esta semana um relatório no qual antecipa que a procura mundial de petróleo cresça em 1,5 milhões de barris por dia.

 

Há ainda que ter em conta o facto de nas últimas minutas divulgadas pela Reserva Federal, a autoridade monetária norte-americana ter revelado que não vai apressar a decisão de decretar o primeiro aumento dos juros que permanecem em mínimos históricos. Esta decisão contribuiu para a desvalorização do dólar registada nos últimos dias, o que permite às "commodities" com preço fixado em dólares, como é o caso do petróleo, tornarem-se mais atractivas para os consumidores.

 

A corroborar a previsão de aumentos da procura pela matéria-prima, o Pacific Investment Management, citado pela agência Bloomberg, antevê que o preço do petróleo vá mesmo subir ao longo dos próximos 12 meses.

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