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OPV da Sonae MC: Preço pode mudar, oferta pode falhar ou ser aumentada

As condições de uma oferta pública de venda (OPV) podem sofrer várias alterações, desde o momento em que a operação arranca até estar concluída. O preço pode mudar, tanto para cima como para baixo; a oferta pode falhar e nada acontecer; mas também podem ser despejadas mais acções no mercado.

Paulo Duarte
05 de Outubro de 2018 às 09:51
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A Sonae SGPS já anunciou as condições da OPV da Sonae MC. No prospecto pode ler-se que o preço a que as acções serão vendidas em bolsa deverá ser fixado entre 1,4 e 1,65 euros. Contudo, não é certo que os títulos sejam alienados a estes valores.

 

No prospecto consta uma ressalva, que dá à Sonae "o direito de alterar o intervalo de preços da oferta". E isto pode implicar uma revisão em alta do preço, como acontece em muitos casos, ou uma descida do preço, como aconteceu em Setembro com a Funding Circle.

  

Mas não é só o preço que pode ser revisto. A empresa poderá "aumentar ou reduzir o número de acções da oferta antes da data de alocação." Aliás, a empresa tem como meta vender 21,7% do capital da Sonae MC, um valor que poderá subir para 25% "caso a opção de 'over-allotment' seja exercida na totalidade". Além deste valor, a Sonae tem ainda a possibilidade de alienar mais um lote de 87 milhões de títulos, o que se se confirmar eleva para 33,7% o capital da Sonae MC que será vendido. 

 

Certo é que, se a oferta tiver sucesso, nos próximos seis meses não serão vendidas mais acções da Sonae MC, uma garantia dada pela Sonae SGPS.

 

Quanto à concretização da oferta, a Sonae realça que ainda há condicionantes que poderão inviabilizar a operação. A empresa salienta que "a liquidação da oferta poderá não ocorrer se certas condições não forem satisfeitas ou dispensadas ou no caso de certos eventos de cessação ocorrerem na ou antes da data de liquidação." E, se a operação não for liquidada, é "retirada", dando por terminada a operação. Ainda que precise de autorização da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) para o fazer. 

 

A empresa condiciona ainda a operação no retalho à garantia de venda de "pelo menos 217.360.000 acções". A Sonae é peremptória: "Se esta condição não se verificar, a liquidação da oferta também não terá lugar."

No total, a Sonae vai vender 217,36 milhões de acções. Deste total, 167,4 milhões, ou seja 77% da oferta, estarão direccionadas para os investidores institucionais. Já para o retalho estão destinadas 50 milhões de acções. A empresa admite transferir parte da oferta que está reservada aos particulares para os institucionais. 

 

A empresa alerta ainda para o facto de, durante o período entre o fim da operação e a sua liquidação, as transacções realizadas serão "feitas por conta e risco exclusivos das partes envolvidas."

 
Datas da operação:


O preço a que as acções serão vendidas será conhecido a 18 Outubro e as 
acções vão estrear-se em bolsa no dia 23 de Outubro. Apesar das acções só passarem a negociar em bolsa no dia 23 de Outubro, esta operação vai ter um período de negociação condicionada, que arranca a 19 de Outubro, o que acontece pela primeira vez numa operação deste género em Portugal. 

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