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Sonae cancela dispersão da empresa de retalho

A oferta pública de venda da Sonae MC foi cancelada devido às condições adversas do mercado.

Pedro Noel da Luz/Correio da Manhã
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"A Sonae SGPS informa que, face às condições adversas nos mercados internacionais, a oferta institucional não se concretizará, o que determinará, consequentemente, a não execução da oferta pública de venda de ações da Sonae MC", diz em comunicado de uma frase a holding liderada por Paulo Azevedo e Ângelo Paupério.

Ainda esta quinta-feira, 11 de Outubro, o Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, desvalorizou 1,98% para os 359,67 pontos, atingindo mínimos de Dezembro de 2016. 

As ordens até agora dadas ficam, assim, sem efeito. Esta sexta-feira terminava a primeira fase da venda no retalho, dia a partir do qual as ordens se tornavam irrevogáveis. Não chegou lá. A Sonae suspendeu a venda das acções, que poderiam colocar em bolsa a sua unidade de retalho - Sonae MC - até um limite máximo de 33,6%, mas que seria mais certo colocar entre 21,7% e 25%.

No prospecto, a Sonae já admitia esta possibilidade. Conforme noticiou o Negócios, o risco já era referido, alertando para o facto de haver condicionantes que poderiam inviabilizar a operação. A "liquidação da oferta poderá não ocorrer se certas condições não forem satisfeitas ou dispensadas ou no caso de certos eventos de cessação ocorrerem na ou antes da data de liquidação." E, se a operação não for liquidada, é "retirada", dando por terminada a operação. Também referia como razão para condicionar a oferta à venda da totalidade das acções mínimas (217.360.000). 


Por estar no prospecto, a retirada da oferta não tem de ser autorizada pela CMVM, sabe o Negócios.

(Notícia actualizada às 21:03 com mais informações)
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