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O PIB, afinal, pesou no sentimento dos investidores. Wall Street fecha semana no vermelho

As bolsas norte-americanas encerraram a última sessão da semana em terreno negativo. Se, na abertura, a desaceleração da economia dos EUA pouco mexeu com os mercados, no fecho já ofuscou os ganhos das tecnológicas.

Depois de terem batido no fundo, a 9 de Março, as bolsas norte-americanas iniciam um ciclo de subida. Os primeiros sinais positivos nas contas do Citigroup e a intervenção de Barack Obama deram combustível ao super bull market nos EUA, que dura até hoje.
Reuters
28 de Abril de 2017 às 21:30
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O Dow Jones fechou a recuar 0,20%, para 20.940,37 pontos, ao passo que o Standard & Poor’s 500 cedeu 0,19% para 2.383,33 pontos.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite desvalorizou 0,02% para 6.047,60 pontos, depois de ter chegado a estabelecer um novo máximo histórico durante a sessão, nos 6.074,04 pontos.

 

A sustentar o Nasdaq estiveram os resultados trimestrais acima do esperado apresentados ontem pela Alphabet e Amazon, o que as levou para máximos históricos – tendência que hoje prosseguiu. A Microsoft, apesar de ter ficado aquém das expectativas, registou um aumento dos lucros e das receitas e também valorizou esta sexta-feira.

 

No entanto, as perdas da Intel – cujos resultados decepcionaram ontem – e os dados do PIB no primeiro trimestre pesaram e o índice tecnológico encerrou a ceder terreno, se bem que muito marginalmente.

 

O PIB dos Estados Unidos entre Janeiro e Março cresceu ao ritmo mais lento dos últimos três anos, sobretudo devido às vendas decepcionantes de automóveis. Os mercados não tiveram grande reacção – com excepção do dólar – aquando da divulgação deste dado, mas o facto é que acabou por pesar e ao final do dia ofuscou os ganhos sobretudo do sector tecnológico.

 

Os investidores estiveram também hoje especialmente atentos à possibilidade de os serviços governamentais dos EUA paralisarem a partir de amanhã, 29 de Abril, se o Congresso não aprovasse a proposta de financiamento do governo até esta sexta-feira.

 

A Câmara dos Representantes e o Senado teriam de aprovar um projecto de lei no valor de um bilião de dólares para o governo norte-americano ser financiado até 30 de Setembro e não entrar em "shutdown". E aprovação houve, mas como ainda não há um acordo entre as partes, foi apenas provisório: com efeito, foi autorizado um financiamento de muito curto prazo, uma vez que só dura uma semana.

 

Durante este fim-de-semana as partes tentarão delinear um acordo que atenda às principais linhas defendidas por democratas e republicanos.

 

O facto de Trump ter dito que é possível um "grande conflito" com a Coreia do Norte se não houver uma solução diplomática esteve também a manter os investidores prudentes.

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