A tecnológica norte-americana, liderada por Satya Nadella desde 2014, registou um aumento de 27,8% do seu resultado líquido no terceiro trimestre fiscal, terminado a 31 de Março, para 4,80 mil milhões de dólares (61 cêntimos por acção), contra lucros de 3,76 mil milhões (47 cêntimos por acção) no período homólogo de 2016. 

Os lucros ajustados (que excluem alguns itens, como as poucas semanas de resultados da recém-adquirida rede social profissional LinkedIn) foram de 6,51 mil milhões, contra 6,38 mil milhões um ano antes. Neste caso, o lucro por acção superou as previsões, uma vez que ascendeu a 73 cêntimos entre Janeiro e Março, quando a média projectada pelos analistas inquiridos pela Bloomberg era de 70 cêntimos por acção.

O crescimento do resultado líquido da tecnológica foi impulsionado pelos seus segmentos Office e "cloud" (armazenamento de dados na nuvem, através da Azure), nos quais a empresa tem vindo a apostar.

As receitas ajustadas, por seu turno, aumentaram 6% para 23,56 mil milhões de dólares, mas ficaram ligeiramente abaixo da estimativa média do mercado, que era de 23,7 mil milhões.

Conforme sublinha a Bloomberg, o plano de Satya Nadella para reconfigurar a Microsoft como uma empresa de computação na nuvem deparou-se com um obstáculo no seu terceiro trimestre, uma vez que a desaceleração das vendas dos tablets Surface e a menor procura de serviços por parte das empresas não ajudaram a fazer descolar o crescimento das receitas.

O mercado está a castigar a empresa pelos números divulgados, com as acções da Microsoft a caírem 1,10% na negociação fora de horas da bolsa nova-iorquina, para 67,52 dólares, depois de terem encerrado a sessão regular nos 68,27 dólares e de na terça-feira terem marcado um recorde nos 68,38 dólares.