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Nove meses depois, Dow Jones finalmente marca novo máximo histórico

As bolsas norte-americanas encerraram em alta, numa altura em que se intensifica a expectativa de um corte de juros por parte da Fed. O S&P 500 continua a marcar novos recordes e o Dow Jones, que era o único dos três grandes índices de Wall Street que ainda não tinha marcado máximos históricos este ano, fez o mesmo. O Nasdaq esteve a apenas seis pontos de seguir as mesmas pisadas.

Reuters
03 de Julho de 2019 às 18:11
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O Dow Jones fechou a subir 0,67% para 26.966,00 pontos, o que correspondeu ao valor mais alto da sua história. O seu anterior máximo histórico estava nos 26.951,81 pontos, atingidos a 3 de outubro do ano passado.

 

Também o Standard & Poor’s 500 marcou novos máximos de sempre, e em valores de fecho, a valer 2.995,82 pontos com um ganho de 0,77%. O anterior recorde tinha sido marcado no início desta semana, nos 2.977,93 pontos.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite avançou 0,75%, para 8.170,23 pontos, muito perto do recorde de sempre, marcado no passado dia 29 de abril nos 8.176,08 pontos.

 

Depois de ontem os investidores terem reagido com prudência, dando ganhos apenas muito tímidos às bolsas norte-americanas, à conta da ameaça de tarifas dos EUA à União Europeia, hoje a perspetiva mais forte de uma descida dos juros diretores por parte da Reserva Federal norte-americana trouxe um otimismo renovado.

 

Têm sido cada vez mais elevadas as apostas de um corte de juros pela Fed na reunião deste mês, devido à desaceleração económica, e ontem ao final do dia o presidente dos EUA deu mais razões nesse sentido.

 

Donald Trump anunciou ter proposto dois nomes para o Conselho da Reserva Federal (Christopher Walter e Judy Shelton) que também são vistos como defensores de uma descida dos juros, em linha com o que tem sido defendido publicamente pelo líder da Casa Branca.

 

Antes da abertura do mercado foram revelados dados dececionantes sobre a evolução do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Segundo os números do ADP Research Institute, o setor privado criou 102 mil postos de trabalho em junho, muito abaixo dos 140 mil esperados pelos economistas consultados pela Reuters.

 

Em relação a maio, o crescimento foi revisto em alta de 27 mil para 41 mil, o que, ainda assim, representa a pior marca desde março de 2010.

Estes dados mais débeis da economia dos EUA levaram o presidente da Fed, Jerome Powell, a mudar o seu discurso sobre política monetária, com as "odds" a apontarem para que o banco central inverta a trajetória de subida dos juros e se decida mesmo a cortá-los já em 25 pontos base este mês.

 

A sessão desta quarta-feira foi mais curta do outro lado do Atlântico devido ao feriado de 4 de julho que se celebra amanhã, dia em que as bolsas norte-americanas estarão encerradas.

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