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Trump diz que a Fed “não sabe o que está a fazer” e age como uma “criança teimosa”

O presidente dos Estados Unidos voltou à carga nos seus ataques contra a Reserva Federal, dizendo que se o banco central tivesse "acertado" na condução da política monetária, o país estaria a crescer a um ritmo de 4 ou 5%.

Reuters
24 de Junho de 2019 às 15:43
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Donald Trump voltou a apontar baterias à Reserva Federal norte-americana, acusando o banco central de não saber o que está a fazer na condução da política monetária nos Estados Unidos.

Apesar de, há menos de uma semana, a Fed ter admitido cortar os juros pela primeira vez numa década, o líder da Casa Branca acusa a instituição de inércia, comparando a sua atuação ao comportamento de uma "criança teimosa".

As críticas, como é habitual, foram feitas por Donald Trump na sua conta do Twitter, onde o presidente sublinha que, apesar daquilo que considera uma condução errada da política monetária, os Estados Unidos estão a ter um dos melhores meses de junho da sua história.

"Apesar de uma Reserva Federal que não sabe o que está a fazer – subiu os juros demasiado rápido (inflação muito baixa, outras partes do mundo a abrandar, a baixar [juros] e a flexibilizar) e fez um aperto monetário em grande escala, 50 mil milhões de dólares/mês, estamos a caminho de ter um dos melhores meses de junho da história dos Estados Unidos", escreveu o presidente norte-americano.

Trump foi mais longe e acrescentou que, se a Fed "tivesse acertado", o índice norte-americano Dow Jones poderia ter subido milhares de pontos, enquanto o PIB poderia estar a crescer a um ritmo de 4 ou 5%.

"Imagine-se como poderia ter sido se a Fed tivesse acertado. Milhares de pontos acima no Dow e o PIB a crescer 4% ou até 5%. Agora eles mantêm [o rumo], como uma criança teimosa, quando precisamos de cortes nos juros e flexibilização, para compensar o que outros países estão a fazer contra nós", escreveu.

As críticas de Trump – que têm sido repetidas desde o início do seu mandato – surgem numa altura em que o banco central admite reverter a normalização da política monetária nos Estados Unidos devido ao possível impacto da guerra comercial contra a China e do abrandamento da economia mundial.

Na última reunião, que terminou na passada quarta-feira, a Fed deixou cair o termo "paciente" (sinal de que está pronta a agir) e admitiu claramente que a descida dos juros é uma possibilidade que está em cima da mesa.

 

O mercado, que até há pouco tempo, não antecipava qualquer descida da taxa diretora, espera agora que o banco central corte os juros já na reunião de julho, e anuncie um máximo de mais duas descidas até ao final do ano, uma em setembro e outra em dezembro.

 

Esta quarta-feira serão conhecidos os mais recentes dados sobre a evolução da economia norte-americana, com os analistas a anteciparem que o PIB terá crescido 3,2% no primeiro trimestre, acima dos 3,1% registados nos três meses anteriores.
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