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Nova ronda de tarifas "em banho-maria". Wall Street aplaude

Os mercados accionistas do outro lado do Atlântico encerraram em alta, animados pela informação de que a nova ronda de tarifas aduaneiras dos EUA a importações da China foi protelada. Além disso, a Apple pôs fim ao ciclo de quedas e subiu mais de 2%, o que ajudou ao optimismo. Foram dois factores que acabaram por ofuscar os receios em torno do Brexit e da crise no governo de May.

Reuters
15 de Novembro de 2018 às 21:04
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O índice industrial Dow Jones fechou a ganhar 0,84% para 25.290,39 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 1,06% para 2.730,34 pontos.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite valorizou 1,72% para 7.259,03 pontos.

 

As bolsas norte-americanas chegaram a estar a cair, mas inverteram para terreno positivo depois de o Financial Times reportar que o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, disse aos executivos do sector industrial que a próxima ronda de tarifas alfandegárias sobre produtos chineses importados pelos Estados Unidos tinha sido protelada.

 

Foi o suficiente para desencadear um movimento de subida em Wall Street, que veio a ser acentuado com o bom desempenho do sector tecnológico – liderado pela Apple.

 

A empresa liderada por Tim Cook conseguiu ver estancado o movimento de queda no preço das suas acções, pondo fim ao ciclo de cinco dias consecutivos no vermelho e que levaram a que perdesse mais de 10% de valor de mercado.

 

As acções da tecnológica encerraram a somar 2,47% para 191,41 dólares, animadas pelo facto de uma influente analista de Wall Street ter vindo em defesa da companhia esta quinta-feira. Katy Huberty, do Morgan Stanley, escreveu num relatório que o "ruído em torno da cadeia de fornecimento" da Apple estava a criar uma oportunidade de compra das acções da empresa.

 

Segundo Huberty, os investidores foram exagerados na sua reacção às advertências de algumas fornecedoras de componentes da Apple, além de continuarem "estreitamente focados" nas vendas das várias unidades da empresa – o que, na sua opinião, está errado.

 

A mesma analista considera que os investidores se estão a esquecer que a unidade de serviços da Apple – onde se inclui, por exemplo, a App Store, iCloud, Apple Music e Apple Pay – está a crescer mais rapidamente do que a maioria das restantes unidades de negócio da tecnológica.

 

Os receios em torno do Brexit, numa altura de tumulto político no Reino Unido – com demissões no governo de Theresa May devido ao acordo celebrado entre Bruxelas e Londres com vista à saída dos britânicos da União Europeia –, acabaram por ficar ofuscados pelo optimismo em matéria comercial e no sector tecnológico.

 

Existe uma crescente expectativa de que os EUA e a China consigam chegar a um acordo comercial. Isto depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter ameaçado Pequim com novas sanções se não se chegar a um entendimento. Os líderes de ambos os países estarão reunidos no final do mês, no G20 que decorre na Argentina.

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