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Nos sobe mais de 2% após resultados e aumento do dividendo
A Nos reportou um aumento de lucros e de dividendos. As acções estão a subir mais de 2%.
O desempenho das acções está relacionado com os resultados e o aumento do dividendo anunciado pela empresa liderada por Miguel Almeida (na foto).
A Nos fechou o exercício de 2017 com um resultado líquido de 124 milhões de euros, o que representa um aumento de 37,3%. Os analistas do CaixaBI contavam com resultados líquidos de 119,8 milhões de euros.
"Os resultados positivos da Nos,[estão] em linha com as nossas estimativas a nível de receitas e EBITDA, com a empresa a aumentar ambas as rúbricas em 3,1% e 4,3% face ao período homólogo, respectivamente", considera o analista do CaixaBI, Artur Amaro, numa nota de análise.
"A geração de cash-flow contínua sólida, beneficiando do aumento do EBITDA e da diminuição do capex", acrescenta o mesmo analista do CaixaBI.
"As receitas da Nos ficaram em linha com os nossos números e com o consenso [do mercado], e o EBITDA ficou 2% abaixo das nossas estimativas e 1% acima do consenso", realça o analista do BPI, Pedro Oliveira.
A empresa anunciou ainda um aumento do dividendo em 50% para 30 cêntimos. Neste caso, o analista do BPI diz ser "desapontante", já que este banco de investimento estimava um aumento dos dividendos para 37 cêntimos por acção.
"Esperamos uma reação do mercado neutral a negativa devido à política de dividendo desapontante e a preocupação em torno das perspectivas de receitas", salienta o analista do BPI.
Apesar desta análise, os investidores parecem estar a receber estes números de forma positiva, elevando as acções. No caso do dividendo, apesar de o BPI ter uma estimativa de aumento para 37 cêntimos, a média dos analistas apontava para 28 cêntimos.
O Haitong considera que a empresa liderada por Miguel Almeida apresentou um conjunto de resultados "sólido", com os lucros do quarto trimestre a ficarem 11% acima estimativas, beneficiando sobretudo com a evolução da rubrica dos impostos.
O banco retirou a inclusão da Nos na sua lista de "balas de prata", com um preço-alvo de 6,90 euros, assinalando que o dividendo de 30 cêntimos por acção (+50%) "confirma a capacidade da empresa em reforçar o seu perfil de remuneração aos accionistas, o que acreditamos possa ser um importante ‘trigger’ para as acções e possa remover algumas dúvidas sobre este catalisador no médio prazo".
A Jefferies, que tem um preço-alvo de 5,79 euros para a Nos, adianta que os resultados ficaram em linha com o consenso, com o crescimento mais fraco das receitas e de novos clientes a ser compensado pelos menor aumento dos custos.
(notícia actualizada às 11:00 com mais notas de research a reagir aos resultados da Nos)
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.