Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Mota-Engil África afunda 18% na sua estreia na bolsa de Amesterdão

A cotada iniciou negociação sob pressão vendedora com os investidores a quererem vender as suas acções para realizar em encaixe financeiro. A Mota-Engil África foi responsável por 72% do lucro bruto da sua "casa-mãe" no primeiro semestre deste ano.

24 de Novembro de 2014 às 10:38
  • 37
  • ...

Quatro meses depois da data inicialmente prevista, a Mota-Engil África estreia-se em bolsa. A operação africana do grupo liderado por Gonçalo Moura Martins começou a negociar esta segunda-feira, 24 de Novembro, na bolsa de Amesterdão.

 

E iniciou a negociação em queda, a perder 18,20% para 9,407 euros na bolsa de Amesterdão. A acção iniciou a negociação de 20% do seu capital a valer 11,50 euros.

 

A oferta pública inicial (IPO em inglês) estava marcado para a bolsa de Londres em Julho, mas o colapso do Grupo Espírito Santo (GES) levou a liderança da empresa portuguesa a recuar nas suas intenções e a adiar a estreia até ao final do ano.

 

Além de mudar o local de negociação inicialmente estipulado – passou de Londres para Amesterdão -, houve também outra alteração de monta: os investidores que tinham em Janeiro acções da Mota-Engil têm agora dividendos que se converteram em acções da operação africana.

 

Inicialmente, os investidores tinham a opção de escolha entre trocar os dividendos por dinheiro ou acções da empresa liderada por Gilberto Rodrigues.

 

Por isto, segundo os analistas consultados pelo Negócios, a cotada vai iniciar a negociação sob pressão vendedora com os investidores a quererem vender as suas acções para realizar em encaixe financeiro. Ao mesmo tempo, apontam que as acções da cotada estão com uma perspectiva positiva, com potencial de crescimento.

 

Os analistas apontam também que no início, dada a sua baixa liquidez, será a cotada na bolsa de Lisboa a ditar o desempenho da participada africana. Mais tarde, será a Mota-Engil África a dar as cartas.

 

A operação africana foi responsável por metade da actividade do grupo Mota-Engil no primeiro semestre deste ano e por 72% do seu EBITDA (lucros antes de juros, impostos, amortizações e depreciações).

 

A Mota-Engil África aumentou os seus lucros em 62% no primeiro semestre deste ano face a período homólogo. No total, os lucros cresceram para os 54,3 milhões de euros face aos 33,6 milhões registados na primeira metade do ano passado, anunciou o grupo no início de Outubro. Já as receitas cresceram 29% para 557 milhões de euros.

 

Angola foi responsável por 41% das receitas, superada apenas pelos países na região Sul de África - Moçambique, Malawi, Zimbabwe, África do Sul e Zâmbia - com 58% do total de remdimento bruto.

 

A Mota-Engil África vale 994 milhões de euros na bolsa de Amesterdão , face aos 850,1 milhões de euros da casa-mãe na bolsa de Lisboa, segundo contas da Bloomberg.

 

Já a Mota-Engil está a perder 1,21% para 4,154 euros na bolsa de Lisboa esta segunda-feira.

Ver comentários
Saber mais Mota-Engil Mota-Engil África bolsa de Amesterdão Gonçalo Moura Martins António Mota
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio