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Mercado chinês com desvalorização de 20% em dois meses

A China entrou no que é designado de "mercado urso". Esta sexta-feira, os mercados asiáticos voltaram a fechar em queda.

Reuters
15 de Janeiro de 2016 às 08:05
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As acções na Ásia voltaram a cair esta sexta-feira, 15 de Janeiro, colocando o índice que agrupa as bolsas locais nos valores mais baixos dos últimos três anos. O MSCI Asia Pacific caiu 1,72%, para o nível mais baixo desde 2012, acumulando uma descida de 3% na semana. As duas primeiras semanas deste ano foram, assim, de quedas.

Na China, o Shanghai Composite caiu 3,55% e o CSI 300, que integra empresas cotadas em Xangai e em Shenzhen, perdeu 3,19%.

Mais uma semana de perdas para estes índices, que acumularam em mais estes cinco dias desvalorizações de 8,9% e 7,2% respectivamente. E no acumulado deste ano, que vai apenas com duas semanas, o Shanghai Composite está com um recuo de 17%. Uma queda que atinge os 20% em dois meses, o que significa que o mercado chinês entrou no que é designado de "mercado urso". 

De acordo com a Bloomberg, alguns bancos em Xangai deixaram de aceitar acções de pequenas e médias empresas cotadas em Shanzhen ou integrantes do índice ChiNext como garantia para empréstimos, devido à queda das acções. Também cortaram os colaterais nos empréstimos garantidos por acções de grandes empresas, escreve a agência internacional de notícias citando a International Finance News. Depois desta notícia, o ChiNext, que integra pequenas e médias empresas, caiu 2,1%. O International Finance News, detido pelo Diário do Povo, 

A passagem deste furacão bolsista também tem afectado o Japão. O Nikkei voltou a perder terreno, caindo esta sexta-feira 0,5%, elevando as perdas da semana aos 3,1%. O topix caiu, por seu lado, 0,6%. 

Nem a ligeira recuperação dos preços do petróleo na sessão de quinta-feira animou as bolsas asiáticas. Os preços do petróleo recuperaram, para voltar à barreira dos 31 dólares, mas já estão novamente perto dos 30 dólares por barril. Na abertura dos mercados desta sexta-feira, o brent, que serve de referência para a Europa, transaccionava, em londres, a perder 1,4% para 30,38 dólares.

Estas novas descidas mostram que os mercados continuaram preocupados com a saúde da economia a nível global, com o abrandamento na China a ser a principal fonte de receios. O que tem levado a perdas, mas também a uma forte volatilidade. 

Esta sexta-feira foram conhecidos os valores de crédito concedido na China.

Com o maior crescimento desde Junho, o financiamento das empresas está a passar, no entanto, por alternativas aos tradicionais empréstimos bancários. Estes foram de 597,8 mil milhões de yuans em Dezembro, menos do que o estimado e em queda face aos 708,9 mil milhões de Novembro.

As empresas estão a aumentar o seu financiamento no mercado obrigacionista, como alternativa, à banca, o que elevou a emissão de obrigações para 8,1 biliões de yuans no ano passado, o nível mais elevado de sempre, e um crescimento de 34% face a 2014.  A massa monetária na China aumentou 13,3% face a 2014.
O malparado atingiu os 7%.

Mercado Urso
Designa-se de mercado urso quando uma praça atinge perdas de 20% num período de tempo relativamente curto. Neste caso, a bolsa chinesa está a perder 20% em dois meses. Face ao máximo desse período, atingido a 22 de Dezembro nos 3.651,767 pontos, a perda é de 20,5%. Esta sexta-feira o Shanghai Composite fechou nos 2.900,970 pontos.





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