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Fecho dos mercados: Europa em "mercado urso" com petróleo abaixo dos 30 dólares

A última sessão da semana foi de perdas expressivas na generalidade dos activos. O vermelho foi a cor dominante nos ecrãs de negociação, num dia em que as bolsas europeias caíram mais de 2% e entraram em "mercado urso" – descem mais de 20% desde o máximo fixado em Abril. As preocupações com a China mas também a queda do petróleo deram o mote para uma "sexta-feira negra" nos mercados.

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15 de Janeiro de 2016 às 17:25
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 3,78% para 4.832,93 pontos

Stoxx 600 caiu 2,82% para 329,84 pontos

S&P 500 desvaloriza 2,51% para 1.873,74 pontos

"Yield 10 anos de Portugal subiu 4,3 pontos base para 2,737%

Euro sobe 1% para 1,0974 dólares

Petróleo desce 5,54% para 29,47 dólares por barril em Nova Iorque

 

Bolsas europeias entram em "mercado urso"

Quando as bolsas do Velho Continente começaram a transaccionar, esta sexta-feira de manhã, já a praça chinesa tinha entrado em "mercado urso", ao acumular uma queda superior a 20% face ao anterior máximo. As quedas na Ásia deram o mote para mais um dia de quedas na Europa, para o qual contribuiu também a desvalorização dos preços do petróleo. O Stoxx 600, índice de referência da Europa, acabou por entrar também em "mercado urso", depois de ter fechado com uma queda de 2,82% para 329,84 pontos, atingindo mínimos de mais de um ano.

 

O PSI-20 não foi excepção e caiu 3,78% para 4.832,93 pontos, registando a maior queda desde o passado mês de Novembro. A praça de Lisboa esteve também a negociar nos valores mais baixos desde Janeiro do ano passado. Nenhuma cotada nacional terminou a sessão com ganhos. A Mota-Engil protagonizou a queda mais expressiva, desceu 8,91% para os 1,442 euros. Mas também os "pesos-pesados" sofreram quedas acentuadas. A Jerónimo Martins desvalorizou 5,92% para os 11,12 euros e a Galp Energia caiu 3,24% para os 9,628 euros.

Quanto um activo acumula uma queda superior a 20% face ao anterior máximo entra em 'bear market' (mercado urso)
Quanto um activo acumula uma queda superior a 20% face ao anterior máximo entra em "bear market" (mercado urso) Bloomberg

 

Juros sobem em contra-ciclo com Europa

Os juros da dívida pública portuguesa avançaram, esta sexta-feira, nos prazos mais longos, tendo descido nos prazos mais curtos. A "yield" da dívida a 10 anos, prazo de referência, avançou 4,3 pontos base para 2,737%. Pelo contrário, nos restantes países europeus, os juros exigiram juros mais baixos para apostar na dívida soberana. Na Alemanha, os juros caíram, o que elevou o diferencial face à dívida portuguesa para 219,6 pontos.

 
Euribor a seis meses volta a mínimo histórico

As taxas Euribor terminaram a semana com comportamentos diferentes. A três e a 12 meses subiram face à sessão anterior, mas desceram nos prazos a seis e nove meses. A taxa a seis meses, utilizada como indexante em mais de metade dos créditos à habitação em Portugal, caiu para -0,054%, o actual mínimo histórico que atingiu pela primeira vez a 13 de Janeiro. Também a Euribor a nove meses recuou para -0,010%, mantendo-se abaixo de zero desde 7 de Janeiro. Já a taxa a três meses, que assume valores negativos desde meados de Abril, subiu para -0,142%. No prazo de 12 meses, a taxa Euribor subiu para 0,049%.

 

Euro sobe com dados desanimadores nos EUA

O euro está a ganhar terreno face ao dólar, isto depois de ter sido anunciado, do outro lado do Atlântico, que as vendas a retalho desceram, em Dezembro, completando aquele que foi o pior ano para este indicador desde 2009. Além disso, também o índice que mede a actividade industrial em Nova Iorque recuou. Os receios em torno da economia americana penalizaram a nota verde. O euro segue, assim, a valorizar 1% para 1,0974 dólares.

 

Petróleo vai continuar abaixo dos 30 dólares?

Petróleo volta a negociar abaixo dos 30 dólares por barril

Depois de ter recuperado ligeiramente, esta quinta-feira, os preços do petróleo regressaram às perdas. E voltaram a negociar abaixo dos 30 dólares por barril, tanto em Londres, como em Nova Iorque. Fixaram novos mínimos de 12 anos, em ambos os casos. A matéria-prima continua a ser penalizada pelos receios de um excesso de oferta no mercado, uma oferta que pode ainda ser mais expressiva com o levantamento das sanções ao Irão, que pode estar para breve. Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WT) cai 5,54% para 29,47 dólares. Em Londres, o Brent, que serve de referência às importações portuguesas desvaloriza 4,79% para os 29,40 dólares.

 

Ouro em alta com procura de segurança

Com a turbulência nos mercados financeiros, os investidores aumentaram a procura por segurança e, como tal, por activos percepcionados como mais seguros. É o caso do ouro, activo de refúgio por excelência, que regressou aos ganhos. Chegou a subir 1,77%, mas segue a valorizar 1,06% para os 1.089,84 dólares por onça. O metal preciso está ainda a ser beneficiado pela queda do dólar, moeda na qual é denominado, e que torna mais atractivo o investimento.

 

Destaques do dia

 

Uma pessoa em coma e outras 5 em estado grave após ensaio clínico para a BIAL. Uma pessoa encontra-se em coma e cinco outras em estado grave em Rennes, oeste de França, após terem participado num ensaio de medicamentos analgésicos conduzida por um laboratório privado para a farmacêutica portuguesa BIAL, segundo a AFP.

 

Resultados trimestrais do Citigroup superam estimativas. O grupo norte-americano beneficiou de uma forte redução de custos. Entre Outubro e Dezembro, as receitas subiram 3,35% para 18,5 mil milhões de dólares, face a igual período de 2014. Desde 2006 que não lucrava tanto.

 

PS aprovou limite de 35 horas no privado… mas vai travá-lo. O projecto d’ Os Verdes, que o PS aprovou na generalidade, prevê a redução do horário máximo do sector privado para as 35 horas. Mas a medida vai cair na especialidade, afirma o PS.

 

BdP reforça assessores para relançar venda do Novo Banco. O regulador decidiu retomar o processo de venda da participação do Fundo de Resolução no Novo Banco. O reforço da equipa de assessores não implica custos adicionais.

 

França exige à Renault diminuição dos níveis de emissões poluentes. O Estado francês, que é accionista da empresa, não vai avançar com o plano de redução da sua posição até que as acções da Renault voltem a subir. A fabricante vai ter de tomar medidas, mesmo sem as conclusões finais da comissão que investiga o caso.

 

As 10 sessões que trouxeram os "ursos" de volta à China. O ano ainda agora arrancou, mas a bolsa chinesa acumula já perdas expressivas. Em apenas 10 sessões, as primeiras de 2016, entrou em "mercado urso", depois de dias marcados por grande agitação a Oriente que está a deixar nervosos os investidores em todo o mundo.

 

DBRS: Caso Novo Banco afecta confiança e acesso da banca aos mercados. A decisão de retirar apenas parte dívida sénior do Novo Banco prejudica a confiança dos investidores e "pode atrasar o total acesso dos bancos portugueses aos mercados financeiros", segundo a agência canadiana DBRS.

 

Presidente da Polónia propõe legislação para conversão dos créditos em francos suíços. A proposta prevê que os bancos e clientes cheguem a acordo voluntário para efectuar a conversão dos créditos à habitação em francos suíços para zlotys. Caso não cheguem a acordo será imposta uma taxa de câmbio "justa".

 

Crédito ao consumo dispara para quase 500 milhões de euros. Os montantes de crédito ao consumo aceleraram no mês antes do Natal, com o valor dos saldos em cartões de crédito a superar pela primeira vez a fasquia dos 100 milhões de euros.

 

 

O que vai acontecer segunda-feira

 

Grécia. Representantes do BCE, FMI e Comissão Europeia visitam o país para uma revisão ao programa de ajustamento

 

OPEP. Numa altura em que os preços do petróleo estão a negociar em mínimos de 12 anos, o cartel divulgação o relatório mensal, relativo a Dezembro, onde serão incluídos os dados sobre a oferta e a procura.

 

Wall Street. Os mercados accionistas norte-americanos estarão encerrados, devido ao feriado nacional em honra de Martin Luther King Jr.

 

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