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Wall Street no vermelho após quebra das vendas no retalho
As principais praças norte-americanas iniciaram o dia em queda depois da divulgação de dados que mostram uma quebra nas vendas do retalho. Isto quando ainda persiste a preocupação em torno da economia global e da desvalorização do petróleo.
O índice industrial Dow Jones iniciou a sessão desta sexta-feira, 15 de Junho, a recuar 2,19% para 16.020,37 pontos, o que representa um mínimo de 29 de Setembro de 2015, tal como o tecnológico Nasdaq que começou a última sessão desta semana a perder 2,78% para 4.486,543 dólares, o valor mais baixo desde 24 de Agosto do ano passado.
Também o Standard & Poor’s 500 abriu o dia a ceder 1,7% para menos de 1.900 pontos, apagando assim os ganhos ontem registados com o índice a prolongar aquele que é o pior arranque anual de sempre. Depois da valorização ontem alcançada pelo S&P 500, se esta sexta-feira voltar a negociar em terreno negativo o índice somará a terceira semana consecutiva a cair.
O sentimento negativo que toma conta das praças europeias esta sexta-feira alastrou-se também a Wall Street. Os investidores norte-americanos continuam preocupados com os sinais de abrandamento da economia global e com a continuada tendência de desvalorização do petróleo, que segue a negociar abaixo dos 30 dólares por barril, o que pode atrasar a recuperação da inflação para próximo da meta pretendida de 2%. O petróleo negoceia nos mercados internacionais em mínimos de 12 anos.
Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) segue a perder 4,97% para 29,65 dólares por barril, acompanhado pelo Brent que em Londres transacciona a cair 3,56% para 29,78 dólares. Ainda esta quinta-feira, o presidente da Fed de St. Louis, James Bullard, dizia que a desvalorização do crude pode determinar mudanças no plano de acção da Reserva Federal. A instituição liderada por Janet Yellen tinha adiantado pretender decretar quatro aumentos da taxa de juro directora em 2016.
Também a pressionar as praças norte-americanas está a divulgação de um relatório que mostra que as vendas do sector do retalho caíram em Dezembro para o valor mais baixo desde 2009.
No entanto, os investidores estão também na expectativa pela divulgação, durante o dia de hoje, de resultados por parte de sete empresas do S&P 500, o que poderá permitir aferir com maior exactidão o grau de recuperação da maior economia mundial.
Também a pressionar Wall Street seguem várias cotadas ao negociarem em forte queda. O Goldman Sachs segue a perder 2,91% para 156,69 dólares, depois de na quinta-feira ter chegado a acordo com as autoridades norte-americanas para o pagamento de até 5 mil milhões de dólares para resolver a questão relacionada com a venda de títulos hipotecários durante o período anterior à crise financeira.
O Citigroup também está a ceder 4,83% para 43,19 dólares, mesmo depois de ter revelado lucros trimestrais que superaram as estimativas dos analistas. Já a Intel desvaloriza 7,03% para 30,44 dólares após ter tido vendas abaixo das perspectivas no último trimestre de 2015.
Acompanhando a tendência de queda do crude, a Chevron cede 4,04% para 82,02 dólares e a Exxo Mobil cai 2,38% para 77,24 dólares.
(Notícia actualizada às 14:53)