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Lisboa afasta-se de máximos de três meses em dia de perdas na Europa
O índice de referência nacional abriu a sessão no vermelho, afastando-se do máximo de três meses alcançado na segunda-feira. A pressionar seguem sobretudo o grupo EDP e o BCP.
A bolsa nacional abriu a sessão no vermelho, afastando-se dos máximos de três meses alcançados na sessão anterior. Lisboa está a acompanhar o sentimento negativo que domina no resto da Europa, numa altura em que aumentam os receios sobre um abrandamento da economia mundial.
Na segunda-feira, o Fundo Monetário Internacional cortou a previsão para o crescimento mundial, estimando agora uma expansão de 3,5% este ano e de 3,6% em 2020, o que representa uma descida de 0,2 e de 0,1 pontos percentuais face às últimas projeções, reveladas em outubro.
O fundo justificou este corte com a guerra comercial entre a China e os EUA e ainda com a incerteza em torno do Brexit, abrandamento económico chinês e a política orçamental do governo italiano.
Este revisão em baixa foi conhecida no mesmo dia em que Pequim anunciou que a economia chinesa cresceu 6,6% em 2018, o ritmo mais lento desde 1990.
As projeções foram divulgadas na véspera do Fórum Económico Mundial, em Davos. Chefes de Estado, responsáveis dos governos e líderes empresariais reúnem-se a partir desta terça-feira no resort suíço para discutirem os problemas globais. O encontro termina na sexta-feira.
A bolsa nacional não está indiferente a este conjunto de fatores, com o PSI-20 a recuar 0,36% para 5.069,05 pontos. Das 18 cotadas que compõem o índice de referência nacional, 11 descem, enquanto cinco sobem e duas seguem inalteradas.
Destaque para a queda do grupo EDP. A casa-mãe está a perder 0,76% para 3,02 euros, enquanto a EDP Renováveis cede 0,75% para 7,90 euros. Ainda no setor, a Galp Energia desce 0,42% para 14,315 euros.
O BCP também está a contribuir para o desempenho negativo da bolsa nacional, com o banco a recuar 0,78% para 24,12 cêntimos. No retalho, a Jerónimo Martins perde 0,24% para 12,52 euros.