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FMI aponta Brexit, China e Itália como riscos. Roma acrescenta as políticas do Fundo

No relatório hoje divulgado, a instituição liderada por Christine Lagarde identifica a incerteza em torno do Brexit, o abrandamento económico chinês e a política orçamental do governo italiano como os maiores riscos para a economia global. O governo transalpino acrescenta um quarto risco: as políticas do FMI.

Reuters
21 de Janeiro de 2019 às 19:25
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Superado o confronto com Bruxelas, o governo italiano não cessa na atitude confrontacional. Desta feita coube ao ministro transalpino das Finanças apontar baterias ao Fundo Monetário Internacional: as políticas do FMI constituem uma ameaça para a economia mundial, diz Giovanni Tria (na foto, com Moscovici à direita e Centeno à esquerda).

Esta é a resposta do governante italiano ao relatório do FMI apresentado esta segunda-feira, 21 de Janeiro, e que aponta as prioridades orçamentais de Itália, a par do arrefecimento económico na China e da incerteza provocada pelo impasse no Brexit, como um dos três principais riscos para a economia global em 2019.  

"O quarto risco são as políticas recomendadas pelo FMI", disse o economista aos jornalistas, acrescentando que Itália não representa qualquer tipo de ameaça "nem para a economia europeia nem para a economia mundial".

Tria defendeu as metas orçamentais inscritas no orçamento para 2019, desde logo o défice orçamental de 2%, enquanto forma de potenciar salários e pensões que, por sua vez, terão um impacto positivo no produto transalpino.

Também o vice-primeiro-ministro e líder da Liga, Matteo Salvini, respondeu de pronto, garantindo que bem mais do que Itália é o FMI que representa uma "ameaça para a economia mundial", dado "o histórico de receitas económicas assentes em previsões erradas, poucos sucessos e muitos desastres".

Numa apresentação realizada em antecipação ao arranque do Fórum Económico Mundial, que decorre em Davos, na Suíça, entre amanhã e sexta-feira, o FMI antecipou que a economia global vai abrandar - de uma expansão económica de 3,7% em 2018 para 3,5% em 2019. O Fundo atribui a maior responsabilidade pelo arrefecimento da economia mundial aos países mais desenvolvidos, em particular a Alemanha e Itália.

A instituição sediada em Washington juntou-se ainda ao Banco de Itália ao rever em baixa a estimativa para o crescimento da economia transalpina, que deverá avançar apenas 0,4% em 2019 e não os 0,6% anteriormente projetados.

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