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JPMorgan: Mercados estão a descontar um cenário de recessão global

O JPMorgan considera que os mercados estão a descontar um cenário de recessão global, algo que o banco de investimento acredita que não irá acontecer. Apesar da volatilidade, os especialistas mantêm-se optimistas para as acções.

Bloomberg
17 de Fevereiro de 2016 às 15:15
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Os mercados financeiros mundiais estão a viver um período conturbado. Os receios em relação à economia global estão a afastar os investidores dos activos de risco. E os mercados estão a descontar um cenário de recessão global, diz o JPMorgan. Uma expectativa que, na opinião do banco de investimento, não deverá concretizar-se. E é por isso que os especialistas continuam optimistas para as acções e para o crédito em 2016.


"Os mercados estão agora a descontar uma recessão global, mas não acreditamos neste cenário", adiantou Manuel Arroyo, numa conferência que decorreu em Lisboa, esta quarta-feira, 17 de Fevereiro. O director de estratégia da JPMorgan Asset Management para Espanha e Portugal argumenta que, apesar dos problemas que persistem na economia global, o "outlook" mantém-se positivo para acções e crédito.


As principais bolsas mundiais registam quedas acentuadas. O Stoxx 600 cai 10,7% em 2016, enquanto o americano S&P 500 desce quase 7%. Já na dívida, os investidores estão a exigir prémios mais elevados para comprar títulos de dívida de empresas e de países, salvo raras excepções. Descidas elevadas que criaram oportunidades.


"A volatilidade gerou oportunidades do ponto de vista de investimento", defende o mesmo especialista, que continua a recomendar a exposição às acções de países desenvolvidos. O especialista não descarta, contudo, que as acções ainda voltem a recuar para níveis mais deprimidos antes de começarem a recuperar. E a expectativa é para ganhos, mas modestos. "A perspectiva é positiva para os mercados, mas com retornos mais baixos que no passado", aponta Manuel Arroyo.


Determinante continuará a ser a política monetária nas principais regiões do Globo. Enquanto o BCE deverá implementar novos estímulos, já na reunião de Março, nos EUA, a expectativa é que a Reserva Federal não faça nenhuma subida de juros "a curto prazo". Uma dinâmica que deverá manter as taxas de juro em níveis baixos por um longo período.


Em termos de mercados, a Europa mantém-se no topo das preferências. Paul Shutes, especialista em acções europeias defende que, perante as maiores dificuldades além fronteiras, sobretudo nos emergentes, o "crescimento vai chegar à Europa de forma muito diferente". O consumo interno será o principal motor da Europa, com as empresas domésticas a liderarem as apostas na região.

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