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Jerónimo Martins sobe quase 5% com investidores a aplaudirem números na Polónia

A retalhista portuguesa está a disparar em bolsa nesta manhã depois de ter apresentado resultados ontem, já depois do fecho de sessão. Apesar da queda no lucro a nível global, os investidores olham para a Biedronka com entusiasmo.

Pedro Soares dos Santos, CEO da Jerónimo Martins, viu os lucros do grupo caírem 36% no semestre.
Bruno Colaço
04 de Março de 2021 às 12:22
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As ações da Jerónimo Martins dispararam 4,75% para os 13,565 euros a meio da manhã desta quinta-feira, o que representa a maior subida intradiária desde os primeiros dias de janeiro deste ano, com os investidores a aplaudirem os resultados na Polónia, apesar de uma queda de dois dígitos global do grupo.

Entretanto, o entusiasmo com a cotação da empresa foi desvanecendo - mas pouco - e a empresa ganha agora cerca de 4%, apesar de a corrida às suas ações continuar, uma vez que foram transacionadas mais ações nesta primeiras horas da manhã (quase 810 mil), do que a média diária dos últimos seis meses (685 mil).

A motivar este desempenho da dona do Pingo Doce estiveram os resultados na operação na Polónia, onde a empresa atua com a Biedronka, que viu o lucro registar uma subida de 6,7% para 13,4 mil milhões de euros no ano passado, numa altura em que a cadeia polaca representa já 70% das vendas de todo o grupo.

Este ganho em Varsóvia contrastou com os números globais da Jerónimo Martins que divulgou uma queda de 20% dos lucros para os 312 milhões de euros no mesmo período em análise.

Maria-Laura Adurno, analista do Morgan Stanley, diz à Bloomberg que os ganhos registados nos últimos três meses do ano deverão ser capazes de proteger as margens da Biedronka em 2021 do impacto do imposto sobre o retalho de 1,4% no país. 

O mesmo referiu Ana Luísa Virgínia, a CFO da Jerónimo Martins, que na "conference call" na ressaca dos resultados admitiu que a empresa espera que a Biedronka seja capaz de proteger os lucros na Polónia, mesmo com o novo imposto. A Biedronka tem "diferentes formas de mitigar" o impacto deste novo imposto. 

Numa nota também divulgada pela agência de notícias, Nick Coulter, analista do Citigroup, analisa os números da operação na Polónia com otimismo, referindo que mostraram "resiliência". 

Atualmente a empresa nacional tem 14 notas de investimento a recomendarem comprar as suas ações, enquanto que dez dizem que o melhor será manter e apenas duas se referem à Jerónimo Martins com pessimismo, aconselhando vender os títulos. 

Só hoje, após a divulgação dos resultados, seis bancos de investimento fizeram uma revisão às suas avaliações da Jerónimo Martins, mas sem qualquer alteração nem à recomendação, nem ao preço-alvo que se mantém em nos 15,36 euros por ação - fazendo uma média de todas bancos - o que representa um retorno potencial de 13% face ao fecho de ontem. 

Até ao momento, a empresa cai mais de 2% no ano. 
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