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Jerónimo Martins propõe dividendo de 28,8 cêntimos e distribui metade dos lucros

A Jerónimo Martins vai propor à Assembleia Geral de Acionistas a distribuição de 181 milhões de euros em dividendos.

A dona do Pingo Doce é a quarta cotada do PSI-20 que mais valoriza em 2018, depois de em 2017 já ter registado um desempenho acima da média. Uma prestação que levou a cotação das acções a superar o preço-alvo médio que os analistas atribuem à Jerónimo Martins (16,42 euros). O potencial de queda é assim de 3%, sendo que a empresa liderada por Pedro Soares dos Santos é das que melhor desempenho apresenta neste período de turbulência nas bolsas.
03 de Março de 2021 às 17:38
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A Jerónimo Martins vai propor à Assembleia Geral de Acionistas, que se realiza no próximo dia 8 de abril, o pagamento de um dividendo bruto de 0,288 euros por ação, relativo ao exercício de 2020. 

Em comunicado enviado esta quarta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a dona do Pingo Doce refere que a proposta corresponde ao pagamento de um dividendo de 181 milhões de euros, o que equivale a metade dos lucros de 2020.  

"O Grupo termina 2020 bem preparado, com uma inquestionável solidez de balanço e com posições competitivas reforçadas, que lhe permitirão lidar com os desafios de uma envolvente que, em 2021, ainda vai ser impactada pela pandemia de Covid-19. Assim, entende o Conselho de Administração propor à Assembleia Geral de Accionistas a distribuição de 181 milhões de euros em dividendos, correspondente à aplicação da política definida", destaca o grupo em comunicado.

"Esta proposta corresponde a um dividendo bruto de 0,288 euros por acção (excluindo as 859 mil acções próprias em carteira) e representa um payout de cerca de 50% dos resultados líquidos consolidados, excluídos os efeitos da aplicação da IFRS16. A proposta de distribuição de dividendos permite ao Grupo preservar total flexibilidade para acelerar os seus planos de expansão e aproveitar qualquer potencial oportunidade de crescimento não orgânico, mantendo, em simultâneo, um balanço forte", conclui a Jerónimo Martins. 

No ano passado, o Conselho de Administração liderado por Pedro Soares dos Santos propôs o pagamento de 0,345 euros por ação, mas devido à incerteza provocada pela pandemia cortou a proposta para 0,207 euros. No entanto, no final do ano, o grupo acabou por distribuir o valor remanescente.

Em 2019, o grupo distribuiu um dividendo bruto de 0,325 euros por ação, no total de 204,2 milhões de euros. No ano anterior, a JM tinha distribuído a totalidade dos seus lucros aos acionistas, com a remuneração a ascender a 0,613 euros por ação. Em 2017, os acionistas receberam 0,605 euros por ação. Já em 2016, o grupo pagou 0,265 euros referentes ao exercício de 2015. Porém, em novembro de 2015, a JM distribuiu um dividendo extraordinário de 0,375 euros, proveniente de reservas livres. Em 2015, relativo ao exercício de 2014, a Jerónimo Martins pagou um dividendo de 0,245 euros.

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