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IPO da Farfetch leva fortuna de José Neves a superar mil milhões

José Neves detém 14,8% da Farfetch, pelo que a sua posição está avaliada num máximo de 1,3 mil milhões de dólares. As acções já estiveram a subir mais de 50%.

21 de Setembro de 2018 às 19:21
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O fundador da plataforma online de artigos de luxo Farfetch encaixou uma fortuna superior a mil milhões de dólares.

 

Depois da oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de 20 dólares por acção, as acções da empresa sedeada em Londres atingiram um máximo de 30,34 dólares no primeiro dia de negociação na Bolsa de Nova Iorque. José Neves, de 44 anos, detém 14,8% da Farfetch, pelo que a sua posição está avaliada num máximo de 1,3 mil milhões de dólares (1,1 mil milhões de euros).

 

O IPO traduziu-se numa subida considerável na fortuna de José Neves, que surgiu em nono lugar no ranking dos mais ricos de Portugal, que foi elaborado pela Forbes em Julho. O empresário de Guimarães tinha um património avaliado em 689 milhões de euros, de acordo com a publicação.

 

A Farfetch encaixou 885 milhões de dólares com o IPO concretizado na quinta-feira, com 44,2 milhões de acções a serem vendidas acima do intervalo anteriormente definido entre 17 e 19 dólares cada uma. 

As acções arrancaram a sessão nos 27 dólares, o que traduzia uma valorização de 35% face ao preço a que foram vendidas. Seguem agora a subir 43%, o que atribui à nova cotada um valor de mercado de 8,3 mil milhões de dólares.

 

O site da Farfetch ajuda os consumidores de maior poder de compra em todo o mundo a comprar artigos como um casaco de pele de leopardo de 8.287 dólares ou ténis de 980 dólares. A empresa também oferece serviços que ajudam as fabricantes de artigos de luxo a criarem conteúdos para as suas lojas online, gerir a devolução de produtos e analisar os dados para definir preços e inventário.


O português José Neves criou a Farfetch em 2007. O seu interesse na moda e software informático vem do passado da família ligada ao calçado e do computador que recebeu quando tinha oito anos, diz o empresário numa carta que está no prospecto de admissão das acções em bolsa.

 

"A ideia de um destino incomparável, inclusivo e inspirador, onde todo o mundo da moda se encontraria – criadores, curadores e consumidores, todos unidos na paixão pela moda – foi a visão que perdura hoje no coração da Farfetch", acrescenta José Neves na carta. "Esta jornada de 10 anos, que começou no epicentro da crise financeira global, foi longe de ser fácil".

 

O português José Neves (na foto ao centro) criou a Farfetch em 2007. O seu interesse na moda e software informático vem do passado da família ligada ao calçado e do computador que recebeu quando tinha oito anos
O português José Neves (na foto ao centro) criou a Farfetch em 2007. O seu interesse na moda e software informático vem do passado da família ligada ao calçado e do computador que recebeu quando tinha oito anos Reuters

Ainda longe dos lucros

Ainda que a bolsa estivesse no horizonte da empresa que vende bens de luxo, a decisão de dispersar capital no mercado accionista surgiu meses depois de a Farfetch ter fechado uma parceria com o grupo Chalhoub, que opera também no segmento de luxo no Médio Oriente.

 

De acordo com o documento apresentado no passado dia 20 de Agosto, a Farfetch tinha 935.772 clientes activos a 31 de Dezembro, um aumento de quase 44%  face ao ano anterior.

 

No primeiro semestre deste ano, a Farfetch registou perdas de 68,4 milhões de dólares, um agravamento de 133% face ao período entre Janeiro e Junho de 2017.

 

Assim, a companhia avança para o mercado antes de conseguir obter lucros. Mas os prejuízos não são um entrave para estas empresas, que conseguem atrair rondas de investimento privado, antes da estreia em bolsa.

O Goldman Sachs, JPMorgan, Allen & Co e o UBS são os responsáveis pela operação de entrada em bolsa.

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