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Bolsas europeias sobem mais de 1% sustentadas pela Grécia

As principais praças do Velho Continente registam a maior série de ganhos num mês numa altura em que a Grécia e os credores internacionais estão próximos de um acordo final.

Investidores reagem com alguma apreensão ao resultados das eleições na Grécia no início da sessão
Reuters
23 de Junho de 2015 às 11:52
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As principais praças europeias estão a negociar em alta, registando a maior série de ganhos num mês, impulsionadas pelos progressos em relação à Grécia. O principal índice da praça helénica lidera as valorizações ao subir mais de 4%, Lisboa é a segunda praça que mais valoriza ao avançar 2%. O Stoxx 600, o índice de referência, soma 1,15%. Também com valorizações em torno de 1% estão as praças francesas e alemãs.

A impulsionar o comportamento das principais praças do Velho Continente está o facto de um acordo final entre a Grécia e os credores internacionais estar próximo de estar concluído. A expectativa, gerada com base nos desenvolvimentos registados esta segunda-feira, é que o acordo possa ser firmado na próxima quinta-feira, dia em que se vai realizar uma Cimeira Europeia.

Depois de cerca de cinco meses de impasse nas conversações, e quando se aproxima o dia 30 de Junho, em que além de terminar o programa de assistência grego ainda em curso, vence a devolução de quase 1,6 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI), as autoridades gregas acabaram por apresentar, pela primeira vez desde 20 de Fevereiro, uma proposta que teve como ponto de partida medidas anteriormente definidas pelos credores. No caso uma proposta apresentada pelas instituições no início do presente mês de Junho.

As medidas apresentadas esta segunda-feira foram bem recebidas pelos ministros das Finanças do euro, a quem deu voz Jeroen Dijsselbloem, líder do Eurogrupo, classificando-as como "um passo na direcção certa". Entre essas propostas surgem medidas que confirmam um recuo do Governo grego face àquilo que foram as promessas eleitorais que garantiram a vitória do Syriza nas eleições de 25 de Janeiro.

Entre essas medidas está o aumento de impostos sobre os rendimentos logo a partir de 12 mil euros anuais, a eliminação gradual e posterior substituição do actual suplemento às pensões mais baixas ou a eliminação gradual das opções que hoje existem para a atribuição das aposentações antecipadas. O governo do Syriza mantém-se, porém, irredutível quanto à exigência dos credores de passar a taxar a energia eléctrica no escalão mais elevado do IVA.

 

A marcar o dia ainda nos mercados estão ainda os dados que revelam o crescimento na Zona Euro. O crescimento na área da moeda única acelerou em Junho para máximos de quatro anos. De acordo com os dados relevados esta terça-feira, 23 de Junho, o índice composto de gestores de compras (PMI) da Markit Economics para a Zona Euro subiu para os 54,1 pontos, o valor mais elevado desde Maio de 2011. No mês passado, este indicador, que mede a evolução dos serviços e da indústria, estava nos 53,6 pontos.

Entre as empresas europeias, destaque para a britânica Petrofac, que soma 7,30%. Já a também britânica Ladbrokes soma 12,37% depois de confirmar que está em conversações com a Gala Coral para um possível fusão.

A Altice aprecia 1,66% depois de ontem ter chegado a disparar mais de 24%. A empresa francesa anunciou no último domingo a intenção de compra da francesa Bouygues.

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