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FANG entram em “bear market”. Já não há “trillion dollar babies”

As quedas acentuadas no sector tecnológico estão a retirar milhares de milhões às bolsas e já arrastaram as chamadas FANG para o “bear market”. Ou seja, as quedas destas cotadas são já superiores a 20% desde que atingiram máximos. O que, no caso da Amazon, foi apenas em Setembro.

20 de Novembro de 2018 às 15:52
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O índice FANG, cujo nome vem das primeiras letras do Facebook, Amazon, Netflix e Alphabet (dona do Google), entrou em "bear market" esta terça-feira, 20 de Novembro, ao afundar mais de 4% e elevando para 22,5% a queda desde 21 de Junho, altura em que negociou em máximos.

 

Este índice é composto por 10 cotadas (as FANG, Alibaba, Apple, Tesla, Nvidia, Twitter e Baidu) e, entre 21 de Junho e esta terça-feira, "perdeu" mais de 800 mil milhões de dólares. É quase como se tivesse desaparecido uma Apple do mercado, que actualmente vale cerca de 850 mil milhões de dólares.

 

Aliás o mercado das "trillion dollar" está vazio. Depois de a Apple e de a Amazon terem conquistado esse patamar bilionário, com as suas capitalizações bolsistas a atingirem o bilião de dólares, as quedas recentes fizeram-nas deslizar e perder esse estatuto.

 

A fabricante do iPhone continua a ser a cotada mais valiosa, com a Amazon a surgir em segundo lugar, ao valer 719,4 mil milhões de euros.


A Apple tem registado fortes quedas nas últimas semanas, acumulando assim uma desvalorização superior a 20% desde o início de Outubro. Mas não é das mais penalizadas. O Facebook está a perder 42% desde o pico de Julho e a Netflix recua mais de 40% desde Junho. Estas cotadas já estavam em "bear market", mas agora têm companhia.

 

Além da Apple, a Alphabet – dona do Google – também está a perder mais de 20% desde o pico de Julho.

 

E o Nasdaq aproxima-se deste cenário. O índice tecnológico está a cair mais de 15% desde o Verão.

 

As notícias mais recentes apontam para que as vendas dos modelos iPhone sejam inferiores ao esperado. O que tem pressionado fortemente a Apple e os seus fornecedores, bem como a generalidade do sector. Mas não é só esta a razão das quedas das tecnológicas.

 

Os últimos anos têm sido de fortes ganhos neste sector – aliás foi um dos grandes responsáveis precisamente pelo "bull market" nos EUA – pelo que é de se esperar alguma correcção.

 

Por outro lado, os dados das vendas dos retalhistas apontam para abrandamentos generalizados no consumo, o que afecta, de uma forma mais directa, cotadas como a Amazon, mas acaba por afectar o mercado em geral.

 

A ajudar ao nervosismo dos investidores está também a guerra comercial entre os EUA e a China, que tem afectado bastante o sector tecnológico pela sua exposição e dependência do mercado chinês.

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