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"Falcões" da Fed travam ganhos em Wall Street. Índices derrapam mais de 1%
Wall Street começou o dia no verde, alimentado pela esperança de que houvesse sinais de que o banco central pudesse aliviar o ritmo de subida da taxa de juro diretora, mas inverteu a tendência ao som das declarações "hawkish" de alguns membros da Fed.
Wall Street terminou a sessão a inverter a tendência de arranque das negociações, encerrando o dia em terreno negativo. O sentimento dos investidores foi sobretudo pressionado pelas declarações "hawkish" de alguns membros da Reserva Federal norte-americana (Fed).
O industrial Dow Jones caiu 1,81% para 33.296,96 pontos, enquanto o Standard & Poor's 500 (S&P 500) perdeu 1,56% para 3.928,86 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite desvalorizou 1,24% para 10.957,01 pontos.
O presidente da Fed de São Francisco, James Bullard, afirmou em entrevista ao The Wall Street Journal que o banco central deve manter a taxa de juro diretora "em território restritivo em 2023".
Por sua vez, a presidente da instituição em Cleveland, Loretta Mester, salientou em entrevista à Associated Press que a Fed precisa de "continuar" a sua política monetária restritiva.
Já o líder da Fed de Filadélfia, Patrick Harker, frisou a necessidade de "avançar" com aumentos de 25 pontos base da taxa dos fundos federais.
A sessão foi ainda marcada, sobretudo no arranque, pela divulgação dos números das vendas a retalho e índice de preços no produtor nos EUA em dezembro.
Entre as cotadas com maior peso, destacam-se as ações da Microsoft que subiram 1,89%, após a tecnológica ter anunciado o plano de despedimento de 10 mil trabalhadores.
Por sua vez, a Moderna somou 3,32%, depois de informar os bons resultados nos testes de uma vacina. A farmacêutica anunciou nesta terça-feira que a vacina contra um vírus respiratório teve 83,7% de eficácia em idosos acima de 60 anos, público-alvo dos testes.
Por fim, a IBM perdeu 3,29% depois de o Morgan Stanley ter cortado a recomendação para as ações da empresa.