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Stoxx 600 com maior série de ganhos desde novembro de 2021. Petróleo prossegue subida
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quarta-feira.
Stoxx 600 com maior série de ganhos desde novembro de 2021
As bolsas europeias fecharam mistas, com o Stoxx 600 a fechar o sexto dia consecutivo de avanços, tratando-se da maior série de ganhos desde novembro de 2021. Isto numa altura em que as atenções dos investidores recaem sobre os resultados das empresas.
O Stoxx 600, referência para a região, subiu 0,23% para os 457,53 pontos, com os setores dos recursos naturais e da tecnologia a serem os que mais valorizaram - 2,44% e 1,25%, respetivamente.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax cedeu 0,03%, o francês CAC-40 subiu 0,09%, o espanhol Ibex 35 cresceu 0,48% e o Aex, em Amesterdão, avançou 0,04%. Já o britânico FTSE 100 perdeu 0,26% e o italiano FTSE Mib somou 0,27%.
Entre as principais movimentações, a Just Eat Takeway.com avançou em bolsa após a empresa ter reportado um EBITDA positivo para 2022. Também a AMSL International valorizou após apresentar receitas acima do esperado.
Esta quarta-feira, o Eurostat confirmou que a inflação na Zona Euro abrandou para 9,2 no último mês de 2022, sendo o segundo recuo consecutivo na taxa de inflação.
"Yield" nacional recua para mínimos de dois meses
Os juros da dívida aliviaram de forma expressiva na Zona Euro, no mesmo dia em que o Eurostat confirmou que a inflação na região recuou para 9,2% em dezembro, o segundo recuo consecutivo.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para a Zona Euro – chegou a tocar abaixo da fasquia dos 2%, tendo terminado a sessão a perder 7,2 pontos base para 2,010%, como não era visto desde meados de dezembro.
Também os juros da dívida portuguesa a dez anos alcançaram mínimos de dois meses, ao subtraírem 10 pontos base para 2,862%. Já a "yield" das obrigações espanholas caiu 10,2 pontos base para 2,950%.
Por fim, a "yield" das obrigações italianas a dez anos caiu 13,4 pontos base – o alívio mais expressivo da Zona Euro – para 3,746%.
Dados económicos enfraquecem dólar e empurram euro e ouro para o verde
O dólar recua após os dados macroeconómicos divulgados esta quarta-feira apontarem para a possibilidade de um abrandamento do ritmo da subida da taxa de juro diretora por parte da Reserva Federal norte-americana (Fed). Tanto o ouro como o euro aproveitam esta fraqueza e seguem a valorizar.
Tanto as vendas a retalho nos EUA como o índice de preços no produtor caíram abaixo do esperado pelos especialistas, segundo a Bloomberg.
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais – cai 0,56% para 101.838 pontos.
Já o ouro aproveita o recuo do dólar – que torna o investimento neste metal precioso mais atrativo para quem negoceia com outras moedas – e soma 0,45% para 1.917,21 dólares por onça.
Também o euro beneficia do recuo do seu par e arrecada 0,57% para 1,0850 dólares.
Petróleo avança com boas perspetivas para procura mundial
Os preços do petróleo seguem em terreno positivo, a negociarem em máximos de inícios de dezembro, dado o otimismo em torno de um aumento da procura mundial.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, avança 2,02% para 81,80 dólares por barril. Já esteve a valer 82,38 dólares, em máximos de 5 de dezembro.
Já o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma 1,61% para 87,30 dólares
A Agência Internacional da Energia (AIE) aponta para que a procura por crude atinja uma média diária record este ano, com cerca de metade do crescimento a provir da China.
Wall Street abre no verde. Microsoft sobe após anúncio de despedimentos
Wall Street arrancou a sessão no verde, no mesmo dia em que foram conhecidos os números de vendas a retalho em dezembro. Estes dados podem apontar para um abrandamento do crescimento económico, o que pode justificar um alívio no ritmo de subida das taxas de juro diretoras nos EUA.
O industrial Dow Jones sobe 0,19% para 33.974,82 pontos, enquanto o S&P 500 cresce 0,22% para 3.999,82 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,61% para 11.163,27 pontos.
As vendas a retalho caíram 1,1% em cadeia em dezembro, segundo os dados publicados esta quarta-feira pelo Departamento do Comércio. Este foi o segundo mês consecutivo de queda, tendo sido esta a mais expressiva de 2022.
Os números ficaram ainda abaixo do esperado, já que os economistas consultados pela Reuters esperavam que as vendas a retalho caíssem 0,8%.
Entre as cotadas com maior peso, destacam-se as ações da Microsoft que sobem 0,15%, após anunciar o plano de despedimento de 10 mil trabalhadores.
Por sua vez, a Moderna soma 7,47% depois de informar bons resultados nos testes de uma vacina. A farmacêutica anunciou nesta terça-feira que a vacina contra um vírus respiratório teve 83,7% de eficácia em idosos acima de 60 anos, público-alvo dos testes.
Por fim, a IBM desliza 1,04% depois de o Morgan Stanley ter cortado a recomendação para as ações da empresa.
Taxas Euribor sobem a 3 meses para novo máximo de 14 anos e caem a 6 e 12 meses
As taxas Euribor subiram esta quarta-feira a três meses para um novo máximo desde janeiro de 2009 e desceram a seis e a 12 meses em relação a terça-feira.
A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, recuou esta quarta-feira, para 2,832%, menos 0,046 pontos e contra 2,878% na terça-feira, um máximo desde janeiro de 2009.
A média da Euribor a seis meses subiu de 2,321% em novembro para 2,560% em dezembro.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
No prazo de 12 meses, a Euribor também baixou, ao ser fixada em 3,311%, menos 0,028 pontos, contra 3,370% em 11 de janeiro, um máximo desde dezembro de 2008.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,828% em novembro para 3,018% em dezembro.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu esta quarta-feira, ao ser fixada em 2,342%, mais 0,007 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 1,825% em novembro para 2,063% em dezembro.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
Na última reunião de política monetária, em 15 de dezembro, o BCE aumentou em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, desacelerando assim o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.
Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa no verde. Britânico FTSE 100 avança ligeiramente com inflação no país a abrandar pelo segundo mês
As principais praças europeias estão a negociar maioritariamente em terreno positivo, com os investidores a avaliarem a velocidade das próximas subidas dos juros diretores, tanto por parte da Reserva Federal norte-americana bem como pelo Banco Central Europeu.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, avança 0,05% para 456,7 pontos. A registar os maiores ganhos está o setor das viagens que sobe mais de 1%, seguido pela tecnologia que avança 0,85%. Do lado das perdas, o setor imobiliário recua mais de 1%.
No Reino Unido, a inflação recuou pelo segundo mês consecutivo em dezembro, para 10,5%, ainda assim os preços no setor dos serviços continua, a aumentar.
De acordo com uma nota vista pelo Negócios, analistas do ING apontam que esta particularidade "providencia mais munições para que os falcões do Banco de Inglaterra (BoE na sigla em ingês) subam as taxas de juro em 50 pontos base na reunião de fevereiro, colocando o pico dos juros diretores em 4% (ou 2,25% caso o Banco decida realizar uma subida de 15 pontos base em março)".
"A combinação única no Reino Unido, de falta de trabalhadores e, por isso, potencial para salários mais elevados, bem como a exposição à crise energética europeia, sugerem que o BoE vai ser menor rápido a cortar nas taxas de juro do que os Estados Unidos, onde esperamos cortes no final de 2023", conclui o banco neerlandês, numa nota assinada pelo analista James Smith.
Face a estes dados, o britânico FTSE 100, avança apenas 0,03%, ainda perto de máximos de 2018.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o francês CAC-40 soma 0,09%, o italiano FTSEMIB ganha 0,11% e o espanhol IBEX 35 pula 0,58%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,34%.
O alemão Dax é o único que regista perdas e recua 0,23%.
Juros agravam-se com possibilidade de BCE mais restritivo
Os juros das dívidas soberanas abriram a aliviar na Zona Euro, mas rapidamente se agravaram depois de o governador do Banco de França, François Villeroy de Galhau, ter afirmado esta quarta-feira que a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, se mantém firme na intenção de aumentar as taxas de juro diretoras em 50 pontos base na próxima reunião de política monetária.
Isto depois de a Bloomberg ter noticiado ontem que os decisores do BCE estavam a começar a ponderar uma desaceleração no ritmo de subida dos seus juros diretores.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, agrava-se 0,5 pontos base para os 2,088%, enquanto os juros da dívida pública italiana na mesma maturidade sobem 1,8 pontos base para os 3,898%.
Já os juros da dívida francesa avançam 0,1 pontos base para os 2,535%, a "yield" da dívida espanhola agrava-se 1 ponto base para os 3,062% e os juros da dívida portuguesa sobem 1,1 pontos base para os 2,972%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica a dez anos agravam-se em 1,7 pontos base para os 3,336%.
Dólar cai e ouro avança com perspetiva de abrandamento nas políticas monetárias
O ouro está a negociar em alta, depois de dois dias de queda, estando num "rally" nos últimos dois meses, o que culminou com o metal a atingir o valor mais elevado em oito meses. A influenciar a negociação está a possibilidade de menores subidas das taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana.
O ouro sobe 0,18% para 1.912,13 dólares por onça.
O metal amarelo está também a ser beneficiado pela queda do dólar, uma vez que é negociado na divisa norte-americana.
O dólar perde 0,54% para 0,922 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da nota verde contra 10 divisas rivais - recua 0,15% para 102,238 pontos.
China continua a impulsionar petróleo. Gás desvaloriza com temperaturas mais elevadas à vista
O petróleo segue a valorizar e perto de máximos de dezembro, com a reabertura da China a dar otimismo aos investidores e as perspetivas de aumento do consumo desta matéria-prima.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, avança 0,92% para 80,92 dólares por barril.
Já o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma 0,72% para 86,54 dólares.
Após a publicação do relatório mensal de janeiro, o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) revelou que estava "cautelosamente otimista" sobre a economia global depois de o cartel ter mantido as previsões de consumo de petróleo, salientando que esse valor está sujeito a incertezas relacionadas com as tensões geopolíticas e a evolução da pandemia.
No mercado do gás, os futuros estão em queda com expectativas de que as temperaturas mais elevadas retornem na próxima semana, reduzindo a procura. O armazenamento de gás na região está nos 81%, cerca de 20 pontos percentuais acima da média dos últimos cinco anos.
A matéria-prima negociada em Amesterdão (TTF) – referência para o mercado europeu – desce 5,9% para 56,5 euros por megawatt-hora, estando perto de mínimos de 16 meses.
Europa deve manter-se de verde pelo sexto dia. Ásia mista
Os principais índices europeus estão a apontar para o sexto dia de negociação no verde com os investidores a virarem-se para as perspetivas de política monetária dos bancos centrais numa altura em que a inflação parece estar a abrandar.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,3%.
O chanceler alemão Olaf Scholz, afirmou esta terça-feira que está certo que não haverá uma recessão na Alemanha. Em entrevista, o líder do Executivo alemão mostrou-se confiante, acrescentando que diversificar o fornecimento de gás é a chave para ultrapassar este inverno.
O sentimento dos investidores está também a ser influenciado por uma notícia da Bloomberg desta terça-feira que revela que os decisores do Banco Central Europeu estão a começar a ponderar uma desaceleração no ritmo de subida dos seus juros diretores.
Na Ásia, a negociação foi mista, com os investidores mais cautelosos antes das festividades do Novo Ano Lunar. No Japão, os índices da região estiveram a valorizar após o banco central ter anunciado que não ia realizar alterações à sua política de controlo da "yield".
Na China, Xangai avançou 0,05%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, desceu 0,1%. Na Coreia do Sul, o Kospi perdeu 0,8%. No Japão, o Topix subiu 1,6% e o Nikkei pulou 2,5%.