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Euro perde força com discurso de Greenspan

O euro valorizava 0,65% face ao dólar, recuando do máximo da sessão, depois do presidente da Reserva Federal (FED), Alan Greenspan, ter indiciado no seu discurso que um corte nas taxas de juro nos EUA não deverá ocorrer tão cedo como esperado.

28 de Fevereiro de 2001 às 18:12
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O euro valorizava 0,65% face ao dólar, recuando do máximo da sessão, depois do presidente da Reserva Federal (FED), Alan Greenspan, ter indiciado no seu discurso que um corte nas taxas de juro nos EUA não deverá ocorrer tão cedo como esperado.

A moeda única europeia cotava nos 0,9236 dólares, depois de ter atingido os 0,9256 dólares durante a sessão, numa valorização de 0,87%. Contra a divisa nipónica, a moeda única ganhava 1,11%, transaccionando nos 107,88 ienes, no dia em que o Banco do Japão (BoJ) desceu a sua principal taxa de juro dos 0,25% para os 0,15%, para impulsionar o crescimento económico da segunda maior economia mundial.

O euro «era impulsionado pelo corte de taxas surpresa no Japão (…), mas o dólar veio a ganhar algum terreno após o discurso de Greenspan, que veio diminuir a possibilidade de um corte nas taxas antes da próxima reunião do FED, no final de Março», defendeu Paula Carvalho, analista do BPI.

O presidente da Reserva Federal (FED), Alan Greenspan, afirmou hoje, perante o Congresso norte-americano, que a «performance» da economia norte-americana melhorou no início deste ano, mas que o abrandamento «ainda não percorreu todo o seu caminho». As declarações daquele responsável levaram os investidores a adiar, para já, um cenário de redução do preço do dinheiro.

A economia norte-americana cresceu 1,1% no último trimestre de 2000, ao ritmo mais baixo dos últimos cinco anos e meio, depois de apresentar um incremento de 2,2% nos três meses anteriores, anunciou hoje o Departamento do Comércio dos EUA.

A taxa de desemprego na Zona Euro subiu 0,1% em Janeiro, para os 8,8%, enquanto o índice de preços no consumidor (IPC) caiu 0,1% no primeiro mês deste ano, registando uma subida de 2,4% face ao período homólogo, anunciou hoje o Eurostat, o instituto de estatísticas da União Europeia.

«Estes dados foram favoráveis à moeda única, uma vez que aplacam os receios de pressões inflacionistas na Zona Euro», defendeu a analista do BPI, sublinhando que «é possível que o Banco Central Europeu (BCE) comece a preparar os mercados para uma descida das taxas, embora não sejam de esperar cortes para já».

A taxa de referência do BCE, ou REFI, situa-se actualmente nos 4,75%. Nos EUA, o FED desceu a sua principal taxa de juro em 100 pontos base para os 5,5% durante o mês de Janeiro, na tentativa de travar a perda de rimo da maior economia mundial.

Cada euro vale 200,482 escudos.

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