A Volkswagen registou 2,86 mil milhões de euros de lucros operacionais no terceiro trimestre, uma quebra de 42% quando comparado com os 4,9 mil milhões de um ano antes, informou esta quarta-feira a fabricante automóvel alemã.

As receitas cifraram-se em 78,36 mil milhões de euros, um decréscimo de 0,5%, embora acima das estimativas dos analistas.

O grupo germânico, que enfrenta uma situação difícil e pondera, pela primeira vez na sua história, encerrar fábricas na Alemanha bem como reduzir salários e eliminar postos de trabalho, registou uma margem operacional de 3,6%, o valor mais baixo em quatro anos. No terceiro trimestre de 2023 a margem era de 6,2%.

"A Volkswagen nunca teve margens muito elevadas mas estes são tempos diferentes", referiu o "chief financial officer" (CFO), Anton Antlitz, em conferência de imprensa. "O grupo não está a ganhar o dinheiro que necessita para investir em todos os novos produtos", acrescentou.

Antlitz reiterou que o gigante automóvel precisa de alcançar poupanças de custos acima de 10 mil milhões de euros para se manter competitivo.

Quanto ao "guidance", a Volkswagen mantém os números revistos em baixa no final de setembro e terminar este ano com cerca de nove milhões de veículos entregues - abaixo dos 9,24 milhões de 2023; aponta para vendas de 320 mil milhões de euros (322,3 mil milhões no ano passado) e resultados operacionais de aproximadamente 18 mil milhões de euros.