As praças europeias e asiáticas acumulavam quedas de mais de 4%, perante o escândalo financeiro da WorldCom, e o «profit-warning» da Alcatel, com esta a tombar 20%. O Stoxx 50 caía 5%, enquanto em Tóquio, o Nikkei fechou a afundar 4,02%.

O DJ Stoxx 50 desvalorizava 4,7% a marcar 2.831,21 pontos, elevando para mais de 23% a queda acumulada no decorrer do ano.

A liderar as perdas no índice, e na praça de Paris, onde o CAC40 [CAC] afundava 4,34% para os 3.602,87 pontos, as acções da Alcatel caíam 20,2% para os 7,46 euros, seguidas pelos títulos da France Telecom e da Vivendi Universal que escorregavam 14,4% para os 9,07% e 17,7% para os 16,50 euros, respectivamente.

O fabricante de telefones móveis Alcatel anunciou que iria terminar o ano com prejuízos, e que o crescimento das vendas no segundo trimestre do ano seria nulo, contra as anteriores expectativas de retoma na procura.

Na Alemanha, o DAX [DAX] cedia 4,48% para os 4.014,69 pontos, com as acções da Infineon e da Epcos a deslizarem ambas mais de 9%,. A maior operadora de telecomunicações da Europa, a Deutsche Telekom, caía 7,7% a marcar 8,35 euros.

O sector das telecomunicações estava a ser penalizado pelo anúncio de que, o fornecedor de serviços de telecomunicações de longa distância norte-americano, WorldCom, teria «inflaccionado» artificialmente as suas contas. A WorldCom irá apresentar prejuízos recordes em 2001, e no primeiro trimestre de 2002. A empresa anunciou igualmente a demissão de Scott Sullivan, o até então, administrador financeiro executivo.

O FTSE 100 [UKX] londrino decrescia 3,57% para os 4.465,60 pontos, e a liderar as perdas, o Grupo Vodafone depreciava 6,1% para as 0,85 libras (1,31 euros).

Em Amsterdão o índice AEX descia 4,65% para os 403,77 pontos, arrastado pela queda de 6,95% das acções da Philips Electronics que marcavam 25,17 euros. Os bancos ING Groep e ABN Amro desvalorizavam 6,28% e 5,23%, cada.

O IBEX35 [IBEX] madrileno recuava 3,77% para os 6.7518,30 pontos, com as 35 acções que integram o cabaz em queda. A empresa de media Prisa caía 5,9%, o Santander Central Hispano (SCH) desvalorizava 5,5%, e os títulos da Telefónica 5,2% a negociarem nos 7,90 euros.

Na praça de Tóquio, o índice Nikkei 225 [NKY] afundou 4,02% para os 10.074,56 pontos, com as acções da operadora de telecomunicações DoCoMo a caírem 5,1% para os 277.000 ienes (2,343 euros), o valor mais baixo em quatro meses. Em Hong Kong, o Hang Seng escorregava 2,9% a marcar 10.301,24 pontos.